Contarato é ameaça à reeleição de senadores - Jornal Fato
Política

Contarato é ameaça à reeleição de senadores

Segundo dados da pesquisa Futura, o candidato da Rede já o segundo na menção espontânea e cresceu na estimulada, enquanto Ricardo e Magno caíram


Os dados da Pesquisa Futura, publicada ontem pela Rede Gazeta (confira aqui), apontam que a reta final da corrida pelas duas vagas no Senado será cabeça a cabeça. A 12 dias do pleito, a disputa se tornou imprevisível.  O pleito, parecia definido, com a bem encaminhada reeleição dos senadores Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB), tem, agora, um terceiro concorrente forte, o delegado Fabiano Contarato (Rede), e um quarto, que corre por fora, Marcos do Val (PPS).

Malta lidera isolado, com 39,4% das intenções de voto, mas é, também, líder em rejeição, com 24,9%. Ferraço tem 33,3% e Contarato, 26%. Contando a margem de erro, que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou menos, os dois estão quase tecnicamente empatados, pois é possível que Contarato atinja 29,5% no máximo, e Ricardo, 29,8%, no mínimo.

A situação é mais difícil para o senador Ferraço. A comparação de dois momentos distintos a pesquisa divulgada ontem e outra, realizada pelo mesmo instituto, em agosto (confira aqui), mostra o forte crescimento do delegado (16,6 pontos) e queda de 5,6 pontos do tucano, e, também, oscilação negativa de Malta, 2,7 pontos - dentro da margem de erro, portanto -, no período.

Quem também teve crescimento significativo foi o candidato Marcos do Val (PSB), que aparece com 14,4% das intenções de voto, em quarto lugar.  O número dos que declararam votar em branco ou nulo é de 16% o de indecisos, 52,1%.

 

Leia mais: Subida de Contarato provoca racha entre Magno e Ricardo

 

Ainda mais preocupante para Ricardo é que Contarato, na menção espontânea em que o nome do candidato não é apresentado ao eleitor, já está na segunda posição, tem 13,1% das menções, contra 10,1%. Neste cenário, Magno mantém a liderança, com 14,5%. Marcos do Val tem 4,5% e os demais não atingem 1%. Indecisos são 55%. Brancos e nulos, 7,5%.

O delegado, entre os nomes mais competitivos, é o que tem o menor índice de rejeição, 6,6%, enquanto seus concorrentes diretos lideram no quesito. Magno Malta também é o primeiro com 24,3% e Ricardo o segundo, com 14,9%. Marcos do Val, para fechar o grupo dos quatro mais competitivos, tem 6,9%.

Considerando tudo isso, a margem para avanço de Contarato é enorme. E é possível que apareça à frente de Ricardo, também na estimulada, nos próximos levantamentos.

Embora lidere, Magno Malta não deve se sentir seguro. A maior rejeição entre todos é limitadora de seu crescimento. E se Ricardo reagir, pode ser que a disputa se embole ainda mais entre os três.

Marcos do Val também pode surpreender na reta final. Com baixa rejeição, tem a expectativa de uma onda final de repúdio aos políticos tradicionais para poder subir ainda mais e, quem sabe, ultrapassar os líderes. Do Val está na mesma chapa de Ricardo, mas tem sido preterido por ele que prefere casar agenda de campanha com Magno Malta.

Contarato segue em sua campanha, pedido aos eleitores o segundo voto. Ricardo e Magno tentam demonstrar em suas campanhas que, apesar de políticos de carreira, seus mandatos, de alto clero, como denominaria o senador republicano, são importantes para os capixabas.

 

Leis mais: Não contavam com Contarato 

 

Segundo pelotão

Os demais concorrentes ao Senado - menção espontânea -  são  Célia Tavares (PT), tem 4,8%.

Subtenente Assis (PSL), 4,3%. Mauro Ribeiro (PCB), 3,4%. Rogério Bernardo (PMB), 2,5%. Helder Carnielli (PTB), 1,4%, Ulisses Pincelli (Novo), 1,5%. E Liu Katrine (Psol), 0,9%.

A Futura ouviu 800 eleitores nos últimos dias 20 e 21. A confiabilidade é de 95%. A margem de erro, 3,5% para mais ou menos. O levantamento está registrado no TSE sob o número ES 000691/2018.

Comentários