Adilson Junior, representante de funcionários da Viação Itapemirim, esteve na Câmara nesta terça-feira (15), para pedir o apoio dos vereadores em negociações que levem a empresa a quitar o pagamento de dívidas com um grupo de demitidos. Segundo ele, em 2016, já sob o controle de um novo grupo, a empresa entrou em recuperação judicial e, desde lá, 400 empregados cachoeirenses perderam o emprego. No Brasil, disse Adilson, são pelo menos 3.000 ex-funcionários na mesma situação.

 

"Todos entraram com ação judicial, mas ainda não conseguimos nada, apesar do apoio do sindicato e da divulgação da imprensa. Mas a verdade é que está havendo uma grande omissão de quem devia cuidar do direito dos trabalhadores, o Ministério Público e o Ministério de Trabalho, que não dão nenhuma resposta pra gente", disse.

 

Adilson disse ainda que há famílias inteiras passando fome, pois os demitidos não receberam seus direitos, enquanto o passivo da empresa está sendo todo vendido. "Fazem propaganda dizendo que está tudo bem, abrem empresa de Viação, mas dizem que não podem nos pagar devido à pandemia", criticou.

 

O representante dos trabalhadores fez questão de preservar a imagem do fundador da Itapemirim, Camilo Cola, que ele considera ter sido pessoa honrada, justa e "de coração imenso", que sempre cumpriu as obrigações com os funcionários. "Mas a nova empresa que assumiu a Viação Itapemirim está deixando uma mancha na história da empresa, e não tem como a gente combatê-los com as mentiras que eles postam nas redes sociais. É uma briga desleal", concluiu.