Recusa de doações de órgãos tem queda no Espírito Santo

Os dados são da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)

20/02/2019 10:57
Recusa de doações de órgãos tem queda no Espírito Santo

O Espírito Santo registrou, em pouco mais de um ano, um aumento de 9% na aceitação familiar para a doação de órgãos. Em 2018 foram 45% de recusas familiares contra 54%, em 2017. Os dados são da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Na avaliação da coordenadora da Central de Transplantes, Maria Machado, a diminuição da recusa familiar deve ser comemorada, pois demonstra que mais pessoas estão conscientes sobre a importância da doação.

Ela destacou que a recusa familiar é a principal causa da não doação de órgãos de potenciais doadores no Espírito Santo. Os outros motivos mais frequentes são a contraindicação médica, a parada cardíaca e a morte encefálica não confirmada.

?Temos trabalhado continuamente para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e da legitimidade do processo de diagnóstico para morte encefálica. Solidarizamos-nos com a dor das famílias e agradecemos cada sim, que oportuniza outras famílias a comemorar a renovação da vida?, disse.

Maria explicou ainda que a captação dos órgãos acontece somente após constatação de morte encefálica, ou seja, quando há completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Esse diagnóstico é realizado por uma equipe profissional por meio de exames de imagem, exames clínicos e exames laboratoriais. Após a confirmação da morte encefálica, a família é comunicada sobre a situação irreversível e pode decidir sobre a doação.

?É possível fazer a doação de órgãos quando há morte encefálica, ou seja, os órgãos continuam funcionando, mas o cérebro não. Quando temos o diagnóstico de uma morte encefálica, uma equipe do hospital acolhe essa família e dá a ela a possibilidade de fazer a doação dos órgãos do seu ente querido?, disse a coordenadora.

A coordenadora ressaltou ainda que é importante destacar para a família, em vida, o desejo de ser doador de órgãos. Desta forma a família pode atender o último desejo do seu familiar.  ?Não é preciso registrar em nenhum tipo de documento expressando esta vontade, e "Sim", apenas comunicar para a família?, disse.

 

Fila de espera

O Espírito Santo tem, atualmente, 1.096 pessoas na fila de espera por um transplante de órgãos. A maior demanda é por um rim, com 914 pessoas aguardando. Outras 133 pessoas esperam por córneas, 41 precisam de transplante de fígado e oito pessoas aguardam por um coração. Os dados são da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo. 

Coração: 05

Olhos: 147

Fígado: 42

Rim: 915