O baixo nível das águas do Rio Itapemirim preocupa o Saae, companhia de abastecimento dos municípios de Itapemirim e Marataízes, que teme pelo comprometimento do fornecimento. Atualmente, as bombas de captação chegam a ficar desligadas até oito horas por dia.

 

De acordo com o diretor do Saae, Marco Antônio de Souza, o mesmo problema ocorrido no verão passado voltou a acontecer nesta semana: baixo nível do rio e o avanço do mar, deixando a água com alto teor de salinidade, comprometendo a sua qualidade.

 

"O monitoramento realizado pelo Saae no mês de fevereiro deste ano identificou o avanço da água do mar até dois quilômetros acima do ponto de captação de água. Já este mês, a maré atingiu três quilômetros acima do nosso sistema de captação, isto significa que o volume de água do Rio Itapemirim diminuiu ainda mais, e não há como a água do rio segurar o avanço da água do mar", disse Marco Antônio.

 

Técnicos do Saae estão monitorando o teor de cloreto da água, com a utilização da tábua de marés e análises laboratoriais, já que com o avanço da maré nas intermediações do ponto de captação de água o índice de sal na água está em padrões elevadíssimos, obrigando durante o período da maré alta o desligamento do sistema de bombeamento de água do rio.

 

"A situação que enfrentamos é crítica, e estamos aplicando todos os esforços para efetuar o tratamento da água dentro dos padrões de potabilidade exigidos pela legislação federal. Temos mais do que nunca que contar com o apoio da população para que economizem água e evitem o desperdício", pediu Souza, ressaltando que durante o desligamento do sistema de captação haverá interrupção do fornecimento de água.

 

Um relatório técnico sobre a atual situação do Rio Itapemirim está sendo elaborado para ser apresentado aos prefeitos de Marataízes e Itapemirim, e também a outros órgãos municipais e do Estado.