Intolerância religiosa - Jornal Fato
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Intolerância religiosa


O teste de coragem vem quando estamos em minoria; o teste de tolerância, quando estamos em maioria.

Ralph W. Sockman

 

O ônibus estacionou na Avenida Beira Rio, fechada ao trânsito para o lazer das famílias, na manhã de domingo. Dele, desceram dezenas de candomblecistas, que organizavam passeata contra a intolerância religiosa.

 

Não houve pedradas, como aquela que atingiu a garotinha de 11 anos na saída de culto da religião afro-brasileira, no subúrbio do Rio. Mas o burburinho deixou claro o incômodo, verbalizado por uma senhora, que seguia para a igreja com a bíblia nos braços:

 

"É por isso que o país está desse jeito. Essas pessoas, ao invés de procurarem Jesus, uma igreja...". Não conseguiu completar a frase. Foi interrompida por um jovem casal que, até então, assentia com a cabeça:

 

"Esperar o quê, se até o prefeito é chegado numa macumba", disse a mulher. "Eles ainda vão dominar a cidade", completou, com escárnio o marido, diante dos dois filhos de não mais de 7 anos, que acompanhavam com curiosidade àquelas pessoas, a maioria negra, desembarcar do ônibus com suas vestes típicas.

 

Os adeptos do candomblé não puderam ouvir intolerância do diálogo. Justamente o comportamento que se propunham a combater. Seguiram seu caminho, vestidos de branco à espera da paz.

 

Ainda terão muito a caminhar.  Existe muita gente parada no preconceito. Pessoas incapazes de aceitar a livre manifestação da fé, se essa for diferente da sua.

 

Sobe

Ferrovia

A ferrovia Vitória-Rio não passa, ainda, de conceito, mas já é considerada fundamental para a região sul do estado. A importância é tão grande que excede a obra em si. Pode ser o ponto de partida para que outros investimentos estruturais, principalmente rodoviários, finalmente cheguem e viabilizem grandes empreendimentos, como os portos.

 

Desce

Péssima semana

A semana passada foi uma das piores deste ano, em Cachoeiro de Itapemirim. Começou com o assassinato de menino de 3 anos pela própria madrasta. Chegou ao meio com o assassinato de um empresário dentro de sua loja e terminou com o carro que desceu perambeira desguarnecida de proteção na área urbana, provocando uma morte.

 

Mas, hein?!

A banda Scalene recebeu metade do cachê para se apresentar em Mimoso do Sul e se escafedeu. Como castigo, perdeu a final do Super Star para Lucas e Orelha.

 

Vias de FATO

 

Não. Não foi o número superior a 100 servidores indicados por vereadores para atuar na prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim que provocou polêmica.

 

Entre os parlamentares, o que mais impressionou foi o prestígio - medido pelo número de indicações - de alguns ante o desprestígio de outros.

 

Com tantos vereadores participando da gestão municipal por meio de indicações será difícil para eles criticarem o governo municipal durante a campanha.

 

E a Câmara de Marataízes teve a brilhante ideia de ilustrar com uma pizza - alusiva ao dia do alimento - seu boletim informativo. Piada pronta saindo do forno.

 

É mesmo para comemorar a instalação de curso de medicina em faculdade particular de Cachoeiro. Mas, só devem ter acesso os mais abastados.


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