A crise política se acirra e o clima no país vai esquentando de acordo com o desenrolar dos acontecimentos em Brasília, onde o PMDB após 31 anos no Poder, sem ter vencido uma eleição sequer, resolveu em uma reunião de apenas 03 minutos abandonar o governo, na esperança de retornar em breve, através de um golpe contra a Presidente Dilma.

 

O deputado Eduardo Cunha (PMDB), que responde processos pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, tem pressa em tirar do poder a presidente eleita por mais de 54 milhões de votos, simplesmente para ocultar seus crimes e jogar o país em uma conflagração social que somente aumentará o tamanho da crise.

 

O golpe político-judicial-midiático, agora capitaneado pelo vice- presidente Michel Temer (PMDB), que se por um acaso venha assumir o poder central, certamente será afastado pelo mesmo motivo da presidente Dilma: falta de popularidade, pedaladas (que nunca foi crime) e continuidade da crise política e econômica.

 

E após seu afastamento, assumirá o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já responde processo de cassação na Câmara e no STF por envolvimento na operação lava jato e portanto, será o próximo a ser afastado. Nesse caso, assumirá o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB), também investigado na operação lava jato pelo STF, que não ficará muito tempo na Presidência e logo será afastado.

 

Com isso, assumirá o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que deverá convocar novas eleições. Enquanto isso, os brasileiros nas ruas travarão suas batalhas entre democratas e apoiadores do golpe. E a crise? Ah! A crise continuará sangrando o país.

 

Enquanto isso, em Cachoeiro o clima político continua em compasso de espera para as eleições municipais que ao que tudo indica, não contará com os "velhos caciques" que ficarão fora do páreo, mas, seguem tentando encontrar um candidato que os agradem e possa servir aos seus propósitos.

 

Mas, haverá eleições este ano? Acredito que se for concretizado o golpe contra a Presidente Dilma e Michel Temer vier a assumir o governo e implementar seu projeto denominado "Uma Ponte para o Futuro", será a verdadeira ponte para o inferno.

 

Será instalado um estado de força, com a possibilidade de até o exercito ser colocado nas ruas para garantir a execução do corte de direitos e garantias individuais, de programas sociais, terceirização do SUS e uma operação para controlar a lava jato e evitar que os caciques do PSDB, PMDB e DEM sejam investigados.

 

Os movimentos sociais liderados pelo MST, CUT, CTB, UNE, UBES, CNBB e Partidos de esquerda, certamente paralisarão o país com grandes mobilizações, com isso até as eleições deste ano poderão ficar comprometidas diante do caos que será instalado em nosso país.

 

Assim, nos restam apenas duas saídas: Pagar pra ver ou lutar para não acontecer.

 

A decisão agora é sua.