Definição do rotativo ainda vai demorar
Prefeitura apresenta proposta com pedido de urgência, mas presidente diz que Câmara não deverá aceitar
A Prefeitura de Cachoeiro tem pressa, mas ainda vai demorar até que a Câmara de Cachoeiro aprecie o projeto que cria novo sistema de estacionamento rotativo nas vias públicas do município. Na semana passada, o Tribunal de Justiça considerou inconstitucional a lei que instituiu o atual modelo, pois o serviço foi concedido ao Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa), sem licitação.
O presidente da Câmara, Júlio Ferrari (PV), afirmou em entrevista, na tarde de ontem, que quer ouvir a opinião da população sobre o novo modelo de estacionamento rotativo.
O projeto de lei chegou ao Legislativo no início deste mês, em regime de urgência - que dá aos vereadores 45 dias para apreciá-lo -, mas Ferrari disse que pretende derrubar tal urgência, já que a Casa fará uma ou mais audiências públicas.
Júlio afirma que existem aspectos polêmicos no novo sistema de rotativo, como por exemplo, a ausência de carência para os motoboys que trabalham na cidade.
"Tem que ter uma tolerância para esses profissionais de 10 a 20 minutos pelo menos. O meu desejo é que o rotativo continue sendo administrado pelo Hospital Infantil "Francisco de Assis", que tão bem vem prestando esse serviço. Para isso, vamos apresentar emenda para que possam participar da licitação não apenas a empresas especializadas no ramo", disse o presidente da Câmara.
A primeira audiência pública está marcada para o próximo dia 21, as 19h00, na Câmara Municipal. Caso derrubado o regime de urgência, não haverá um prazo específico para que a proposta seja colocada em votação.
Wanderson Amorim