Conexão Brasília: Lula e o BNDES - Jornal Fato
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Conexão Brasília: Lula e o BNDES

A primeira viagem feita por Lula a Argentina pode marcar total mudança na atuação do banco.


- Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Ainda nem completou um mês e o governo Lula ensaia voltar a financiar obras no exterior com dinheiro público dos brasileiros por meio do BNDES( Banco Nacional de Desenvolvimento Social). 

A ideia de Lula é autorizar obra de Gasoduto, na Argentina, do amigo Alberto Fernandes. Pior que Lula não está levando em conta que os empréstimos liberados a países considerados amigos como as ditaduras de Venezuela e Cuba continuam com os pagamentos atrasados.

Aliás, esse foi o modelo adotado nos governos anteriores do PT, quando os empréstimos bancaram obras nos países latino-americanos e africanos executadas por construtoras brasileiras. Não podemos esquecer, e para aqueles que têm memória curta foram todas as construtoras envolvidas em corrupção. O pior de tudo isso, é que nenhum benefício veio para o Brasil. Os grandes beneficiados foram essas empresas e o próprio Partido dos Trabalhadores. 

A primeira viagem feita por Lula a Argentina pode marcar total mudança na atuação do BNDES. 

Pois é, meus amigos. Novo governo e as mesmas atitudes. 

Entre as construtoras dos projetos no exterior estavam empresas que foram investigadas e condenadas na Operação Lava Jato por pagamento de propinas em contratos com a Petrobras. Uma prática comum da Odebrecht nas obras no exterior. Executivos da empresa admitiram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter pago mais de US$ 400 milhões em subornos para obter em vários países contratos que eram financiados pelo BNDES. 

Pegar dinheiro do BNDES foi um excelente negócio para vários países que, além de um prazo longo para quitar dívida com juros baixos ainda deram calote no BNDES. 

Moçambique na África já atrasou o pagamento de US$ 122 milhões, o equivalente a R$ 628 milhões de reais ;

A Venezuela já atrasou parcelas de US$ 681 milhões, representa R$ 3,5 bilhões; o valor devido por Cuba chega a US$ 226 milhões, equivalente a R$ 1,6 bilhões de reais. 

De novo o Brasil está repetindo os mesmos riscos e os mesmos erros. Em respeito aos brasileiros e as suas necessidades o BNDES deveria priorizar investimentos no Brasil e focar nas necessidades locais. 

Não tenho dúvidas que retomar esse tipo de empréstimo pode levar a mais prejuízos. 

Que tal cuidar do próprio quintal e daqueles que estão passando fome no país. Afinal de contas, foi um dos maiores debates do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

Edmar Soares


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