Conexão Mansur: A Idade e o Elevador - Jornal Fato
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Conexão Mansur: A Idade e o Elevador

Antigamente, chegar em casa e esperar o elevador chegar era de uma simplicidade extrema. Com o passar dos anos, a gente vai notando que se o elevador chegasse logo, uma série de "problemas" nossos estavam resolvidos


- Ilustração: Zé Ricardo

A idade vai chegando e a gente vai aprendendo devagar... isso se quisermos aprender.

Antigamente, chegar em casa e esperar o elevador chegar para subir os oito andares em direção ao apartamento residencial, era de uma simplicidade extrema, nada demais. Com o passar dos anos, melhor dizendo, das décadas, a gente vai notando que se o elevador chegasse logo, uma série de "problemas" nossos estavam resolvidos. Compreenderam?

De outra parte, para descer ao térreo, com "nóis" já arrumado e "arresolvido", é a maior tranquilidade chamar o elevador e aguardar um minuto, pouco mais, pouco menos, até que ele chegue, e depois embarcar e descer, na maior alegria.

Mas, voltando ao princípio, chegar no prédio e aguardar o elevador que nunca chega, é um problema muito sério que os mais velhos entenderão e sabem de pronto.

Pensando nisso, eu que moro no oitavo andar de meu prédio, resolvi tomar uma atitude toda a vez que subo de elevador para meu apartamento: - chegando no meu andar, abro a porta e aciono o elevador para que ele volte imediatamente ao primeiro andar, para melhor atender ao "necessitado" que chega da rua.

E mais, passei a sugerir aos amigos e vizinhos do prédio que tomassem idêntica providencia, a fim de que quando um de nós chegássemos ao prédio, vindo da rua, o elevador já estivesse à nossa espera, mandado para baixo por outro morador.

Com o passar do tempo notei que a maioria dos condôminos passou a agir como eu agia e, atualmente, essa maioria e bem mais que ela, é quase a unanimidade, se já não a é.

Concluindo essa reflexão da maturidade que vai chegando sem avisar, faço sugestão a meus amigos de outros prédios: - façam isso nos seus elevadores e nos seus prédios e vivam melhor, ao tempo em que dividem com os vizinhos essa melhor qualidade de vida.

E para concluir: - uma das moradoras de nosso prédio passou a colocar textos impressos em papel A4, com letras grandes, na parede do nosso elevador. São textos de qualidade e que servem para elevar a nossa moral e qualidade de cidadãos e cidadãs responsáveis (sugiro que se copie a ideia. Humanizemos os elevadores, tornando a viagem momento de leitura e de reflexão).

 

PREVI/BB E IPACI/PMCI - Aposentar

Pessoalmente, como cidadão comum, aposentado há mais de 20 anos, não tenho nada a reclamar quanto à minha sociedade de previdência privada - a PREVI - que, em todos esses mais de 20 anos para mim, e mais de século para o grupo de associados, sempre cumpriu rigorosamente seu compromisso de todo o final de mês e de ano. Afora que permanentemente nos presta conta do capital aplicado.

A PREVI nunca atrasou um dia que fosse e nunca nos advertiu - por desnecessário e absolutamente improvável - que nosso pagamento mensal de aposentadoria sofreria algum atraso ou diminuição de valor. Ao contrário, vez por outra, até nos pagou a mais do que o contratado, haja vista o exponencial crescimento do seu valor em caixa, fruto da boa aplicação do NOSSO dinheiro.

E pelo que estamos informados (no meu caso, desde dezembro de 1971, quando ingressei no Banco, aprovado em concurso, modéstia à parte em primeiro lugar no Estado), nossa Caixa de Previdência mais que centenária continuará a mesma por muito mais tempo (senão por toda a vida), coisa que somos sempre informados não por lorotas ou notícias espertas, mas por números que são apresentados documentalmente a nós, e sem que peçamos. Estão sempre fundamentados em determinação estatutária e números reais da PREVI.

Já como profissional do Direito que fui (e permaneço estudioso), e pelo acompanhamento dos fatos e da realidade do IPACI - Instituto de Previdência e Aposentadoria do Prefeitura de Cachoeiro, aqui inclusive na qualidade de então Vereador, sempre me assustei e sempre me preocupei com o futuro da aposentadoria dos servidores efetivos e aposentados da Prefeitura de Cachoeiro e também dos futuros concursados de lá. (Se é que vai ter concurso algum dia, por lá, já que o último, de maior seriedade e consequências práticas se deu em 2007, 16 anos passados. Teve outro concurso após, "brincadeira").

Agora, pela minha atuação pública e de cronista, recebi informações de que a Prefeitura encaminhou projeto de lei à Câmara... e não entendi nada. Só entendi, pelo que está escrito no projeto de lei, que o IPACI - Instituto de Aposentadoria dos funcionários públicos da Prefeitura de Cachoeiro tem déficit de mais de um bilhão de reais, ou a metade disso. Nem deu pra saber o valor exato, não deu pra definir, mas o déficit tá lá

Desde sempre acompanhei tanto o meu plano de previdência, PREVI, como beneficiário DELE, como o da prefeitura de Cachoeiro, inclusive por já ter sido Vereador e uma das obrigações do Vereador é examinar o plano de previdência da PMCI.

Acho que o tal atual projeto, "embolado", não diz tudo o que tem a dizer e entendo que o servidor público municipal também deve procurar quem entenda da área.

Vou dar sugestão séria. Procurem quem fiscaliza o plano de previdência dos funcionários do Banco do Brasil. Eles prestarão bom serviço, já que fiscalizam o maior plano de previdência privada do Brasil.

 

Bernardo Horta, sempre e sempre

 

 

Nesta página, veja o leitor o texto de agradecimento de estudantes cachoeirenses, datado de 30 de julho de 1884 (publicado no jornal O CACHOEIRANO, também do mês de julho de 1884). 139 anos passados.

Tivesse Bernardo Horta seus 40 anos na data da publicação, o texto estaria simplesmente homenageando um cidadão cachoeirense já bem adulto, com tempo suficiente para ter praticado atos - muitos atos - que o consagrava.

Mas Bernardo Horta, quando da publicação, tinha pouco mais de 22 anos, acabara de chegar de Ouro Preto - MG, onde se formara como farmacêutico..., o que é um cidadão em início de carreira, mesmo em nossos tempos.

Pelos termos dos elogios, Bernardo Horta já demonstrava ser e vir a ser o maior e melhor de nossos cidadãos dedicado à cidade, região, política, administração pública e tudo mais.

Salve Bernardo Horta.

 

 


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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