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Esta semana meu irmão caçula, jornalista, que é continuamente convocado no 0800 para criar vídeos sempre que alguém da família


Esta semana meu irmão caçula, jornalista, que é continuamente convocado no 0800 para criar vídeos sempre que alguém da família, inclusive eu, quer fazer homenagens, pediu-me para escrever um texto sintetizando a vida de um casal de tios, José Irineu e Arlete, que, hoje, 29 de outubro, completam 43 anos de união.

Meu irmão escreve muito bem, mas gosta de terceirizar para mim os textos quando faz as homenagens. Acho que é uma forma de cobrar os serviços gratuitos que me presta. Brincadeiras à parte, na verdade, ele sabe que gosto de escrever as coisas quando saem do coração.

Não foi difícil escrever pois, desde que me lembro por gente, conheço o caminho do casal homenageado e cresci vendo um pouco da trajetória que percorreram.

Desse casal, sei que, depois do primeiro encontro nasceu um encanto que nunca mais o deixou. Sei que nunca houve outro(a) namorado(a), logo, sem precisar ter outras experiências, o casal já tinha escolhido passar a vida toda ao lado um do outro e, com a decisão, permitiu-se sonhar e traçar as primeiras estratégias para a união, pois o amor era verdadeiro e veio para ficar.

Sei ainda que, da escolha pela união, surgiu o SIM debaixo das bênçãos de Deus e sei que, como todos os casais, enfrentaram muitas tempestades, mas se afastar nunca foi uma opção. Isto porque, desde o primeiro encontro, escolheram dar certo.

Mas como escolher dar certo? Penso que, desta escolha, tiveram que tomar muitas decisões e as principais delas, certamente, foi a pelo perdão, pela aceitação das diferenças e pelo respeito. Sei também que sempre oram juntos e, certamente, isto foi - é - essencial.

Passaram-se 43 anos de uma união feliz e próspera. No caso deste casal homenageado, a receita revela-se na oração, no amor, no respeito e no perdão. Certamente existem outros temperos que só os dois conhecem.

Talvez nem tenham percebido o passar das décadas, mas, hoje, de duas pessoas, que um dia decidiram estar juntas, tem-se uma família composta por 14 membros, sendo os genitores, 06 filhos (com nora e genros) e 06 netos, todos sempre unidos e amigos.

Apesar de escrever a homenagem, senti o desejo de trazer este fato para a coluna desta semana. Isto porque, num mundo de tantas opções, exemplos como o deles nos revelam que ainda vale a pena decidir pela família.

É bem verdade que entre os sonhos há lutas, que entre as alegrias há prantos. Verdade ainda que tribulações alcançam toda pessoa esteja ela só ou em família, logo, este casal também enfrentou muitos momentos tribulados, mas superaram (superam) todos. No percurso dos sonhos, ocorrem muitos acidentes, às vezes, mortes, mas ainda vale a pena escolher continuar sonhando, amando e perdoando. Ainda vale a pena a escolha pela família.

Com certeza, ainda há muitos casais que podem testemunhar que o lar edificado sobre a rocha, que é CRISTO, apesar de não estar livre de tempestades, não será abalado. Contudo, também há muitos casais que ainda não entenderam que, para dar certo e evitar os rodízios dos dias atuais, é preciso fazer algumas escolhas a dois e, dentre elas, não tem como ficar de fora o perdão e a decisão.

Por estes fato, não poderia deixar de desejar parabéns José Irineu e Arlete. Parabéns também a todos os casais que escolheram e, por isso, todos os dias, apesar dos pesares, dão certo.

       

Katiuscia Oliveira de Souza Marins

 

 


Katiuscia Marins Colunista/Jornal Fato Advogada e professora

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