Por Clodoaldo Leonardeli é estudante

 

A campanha política ainda não começou, certo? Não em Cachoeiro! Nossa cidade vive um clima de campanha desde o início do governo de Victor Coelho, dado o rompimento entre ele e o vice, Jonas.

Que atração tem a terra natal de grandes nomes desse país? Uma pergunta um pouco capciosa para se responder. Temos uma cidade capitaneada por entraves econômicos, sociais, geográficos e populacionais, dentre outros, mas então, porque estamos na "mira" de grande parte da política Capixaba?

O atual prefeito tem seu mérito na gestão, o que às vezes o atrapalha são as "má companhias". Seu mandato é cercado de interesses não muito claros e esses interesses, por vezes, o fazem padecer no conceito dos munícipes. O Prefeito por vezes parece perdido.

Cachoeiro de Itapemirim deixou de ser a capital secreta faz tempo, bem como deixou de ser a terra do rei. Temos uma cidade referência no mundo em questões naturais, estou falando do Mármore e Granito, mas até onde vai o empenho político do Prefeito pelo fato?

A "cidade das pedras" não entende como pode um polo industrial pujante padecer de um aeroporto, não entende como as grandes obras rodoviárias não saem do papel. Cachoeiro ainda não explora com profundidade essa "mina de ouro" e com isso torna-se refém de si mesma.

A "cidade do futuro" não entende como pode uma obra de pequeno porte demorar 4,6,8 meses e algumas até anos para ficar pronta. Basta andar pela cidade para vermos obras, ainda que minúsculas, pelo município, mas quase todas sem conclusão. Não se espantem se antes da eleição Victor, com sua assessoria mais que estranha, começar a inauguração de todas elas.

O mar está para Coelho? No momento, um pouco, mas a maré pode virar e essa onda de pessimismo espalhada pela cidade pode empurrar a atual gestão para fora e levá-lo da euforia de ser eleito ao desgosto de não conseguir marcar sua gestão com nada que o cidadão possa dizer que esse ou aquele prefeito é o "pai" disso ou daquilo.

O bora bora bora, já não convence quando a promessa de campanha de enxugar a máquina não é feita, pelo contrário.

O bora bora bora já não convence quando parte do empresariado é deixado de lado e não é ouvido.

O bora bora bora já não convence quando os distritos não recebem a mesma atenção da sede.

O bora bora bora já não convence quando o líder do governo na Câmara já não sabe onde se esconder com tantas críticas à atual gestão pelos seus pares, nem responder aos colegas consegue mais.

Muito precisa ser revisto e o Prefeito de primeira viagem tira uma lição inesquecível da vida pública. Cuidado com os que te cercam, nem todos que choram com você estão dispostos a te aplaudir.

 

Clodoaldo Leonardeli é estudante