Esta é a última crônica do ano. Entrarei em recesso, tanto quanto a Justiça. Voltaremos em janeiro, analisando algumas nuances do processo eleitoral aqui em nossa terra.  2024 será um ano pesado. A escolha do novo prefeito tomou uma conotação histórica importante. Pode confirmar, assim como aflorar lideranças. Em princípio, as pré-candidaturas estão postas, como demonstramos aqui durante o ano.

Vou tomar a liberdade de sugerir ao leitor: se quiser fazer uma síntese do que será o futuro eleitoral, terá que ponderar e fazer um cotejo entre as muitas obras do prefeito Victor Coelho e as críticas lançadas pela oposição sobre as mesmas.  Acho, em tese, que entre uma e outra, ganha o prefeito Victor. Inaugurar obras é a coisa melhor do mundo para o administrador e seu candidato (a).  É o que acontecerá em 2024.

Terá, no entanto, que fazer uma mudança na sua comunicação. A oposição jogará pesado.  Aliás, como vem fazendo até mesmo o Ministério Comunicação.   As redes têm alcançado efeitos extraordinários usando a Inteligência Artificial de todas as formas, lícitas e ilícitas.  O bolsonarismo é craque nessa área.

Os tempos, no entanto, serão outros. Há muitos processos contra o ex-presidente Bolsonaro correndo na Procuradoria Geral da República, agora sob o comando de novo |Procurador Paulo Gonet, ligado intimamente ao Supremo Tribunal Federal. São processos tendentes a atingir violentamente Bolsonaro. E, com isso, neutralizando seu prestígio eleitoral.

O principal opositor do prefeito, vereador Juninho, carrega em seu coração e em seu ombro o bolsonarismo genuíno. Seu discurso, contra o prefeito e sua eventual candidata Lorena, é de desmonte, aproveitando, sobretudo, os transtornos que obras como a macrodrenagem, naturalmente, causaram durante sua edificação.  Assim também como mudanças no trânsito. Ora, o raciocínio mais simples haverá de que dizer que tais transtornos estão perto do fim, esvaziando, assim, a parte retórica dos argumentos.

Acho, por isso, que a candidata Lorena Vasques, à frente das obras junto com o prefeito Victor, levará uma vantagem muito grande sobre seus adversários. Será, se me permitem a figura de retórica, um ano de inauguração de obras, o que deixa inquieta a oposição. Até mesmo o deputado, Alan Ferreira, que é bem cotado, deverá ser engolido por sua posição de confronto com o prefeito.

Os deputados precisam entender que prestígio eleitoral, a não ser em casos extraordinários, vem com o tempo, com convívio com a comunidade, com projetos e ações em benefício da qualidade de vida da população.  Há que se observar, também, o cenário nacional. É óbvio que o presidente Lula, tanto quanto Bolsonaro, vão entrar na área para guerrear. Só que hoje Lula hoje está no poder e Bolsonaro envolto numa série de processos.

Por que o deputados Bruno Rezende e Alan Ferreira se uniram contra o prefeito Victor? Exatamente porque o prefeito escolheu sua secretária Lorena Vasques para sua sucessora, filiando-a no seu partido - PSB. Se tivesse escolhido qualquer um dos dois, claro que as obras não teriam defeito. Sobrou o quê para eles? O contato pessoal. É pouco. Por enquanto, os deputados são meros, com outros, formadores da base do governador Casagrande na Assembleia.

O que política pede para Lorena? Que ela seja uma candidata que segure todas as obras que estão sendo realizadas. E vai em frente multiplicando sua importância.  Ninguém me convencerá que Victor, depois de dois mandatos, não tenha experiência para escolher o candidato à sua sucessão. E que lhe garanta, futuramente, um mandato de deputado federal. Já é uma raposa, como diria os políticos antigos. 

Vou ficando por aqui. Na certeza de que, a não ser falta de competência, o prefeito Victor, ao que tudo indica, fará Lorena sua sucessora.