Um dos principais gargalos no trânsito de Cachoeiro de Itapemirim pode ser resolvido nos próximos dois meses. Pelo menos, esta é a intenção da Prefeitura Municipal, com a requalificação viária das avenidas Francisco Lacerda de Aguiar e Aristides Campos, no trecho entre as rotatórias das antigas sedes da Selita e da Viação Itapemirim. 

As mais relevantes intervenções na área, previstas no Plano Municipal de Mobilidade Urbana, criado em 2019,  consistem na redução - das atuais sete, para três - das vias que integram a rotatória do Posto Senna. 

Além disso, a Prefeitura pretende construir canteiro na Avenida Aristides Campos, para criar ciclofaixa e impedir que motoristas continuem fazendo perigosas convergências irregulares, obrigando-os a utilizar os contornos próximos. Confira abaixo o vídeo, divulgado hoje, do projeto:

O objetivo das medidas, estudadas há anos por equipe técnica para cumprir legislação federal, é otimizar a sinalização horizontal e vertical, segundo o prefeito Victor Coelho, para humanizar o trânsito local, proporcionando fluidez e segurança. Um exemplo é a instalação de semáforo exclusivo para pedestres nas imediações da antiga sede da Selita, no bairro Campo da Leopoldina. Semáforos serão criados no entorno da rotatória do Posto Senna, bairro Gilberto Machado, e alguns pontos de ônibus, realocados. Também estão previstas faixas elevadas, para facilitar a travessia de pedestres, que por determinação da lei sempre têm prioridade.    

Para as medidas terem a eficácia pretendida, ainda será preciso resolver outro antigo problema: o tráfego indiscriminado de caminhões de grande porte na região, área considerada central de Cachoeiro. Sistema de videomonitoramento, finalmente, deve funcionar para impedi-lo no horário de pico, portanto.     

Com o objetivo de apresentar e debater o projeto com a comunidade, a Prefeitura Municipal promoveu audiência pública na noite de quarta-feira (19), na escola Professor Valdy Freitas, no bairro Paraíso.  

Na oportunidade, Victor Coelho lembrou que o trecho alvo da requalificação viária pertence ao governo federal. A Prefeitura, segundo ele, busca há quase cinco anos municipalizá-lo. 

Mas por determinação da lei, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) só pode entregá-lo ao município após fazer a reabilitação. Logo, é a autarquia federal a responsável por tocar o projeto.   

 "A base que a gente pensou, de forma técnica, pensando no coletivo, deixando o individualismo de lado. Estamos apresentando uma proposta, que a gente acha que é a melhor possível", declarou o prefeito. 

Contextualizando, Victor citou o exemplo de cachoeirenses que, quando "vão a grandes cidades, lá em São Paulo, em Vitória, rodam cinco, dez quilômetros para pegar um retorno".  

Aqui, felizmente, as distâncias muitas vezes não chegam a um quilômetro. "Vai ter que começar a fazer isso em Cachoeiro, senão o trânsito não anda. A cidade está crescendo, desenvolvendo", frisou. 

 

 

Evento 

Compareceram em massa à audiência pública líderes empresariais da região, também representados pelo presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acisci), Ruberval Rocha; membros do Poder Legislativo, como o vereador do Paraíso Vandinho da Padaria; imprensa; e demais representantes de variados segmentos sociais. 

Victor estava acompanhado do vice-prefeito, Ruy Guedes Barbosa Júnior, além do Secretário Municipal de Obras, Rodrigo Bolelli.

Coube a explicação do empreendimento a alguns dos servidores responsáveis pela proposta de melhoria no trânsito: os arquitetos Jonei Petri e Carla Prucoli e o gerente de Mobilidade Urbana, Kleber Paiva.