Entrevista: as propostas de Manato para o Espírito Santo (vídeo) - Jornal Fato
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Entrevista: as propostas de Manato para o Espírito Santo (vídeo)

Candidato ao governo mostra propostas diferentes para a Segurança e fala também sobre Saúde, Emprego, Educação, urna eletrônica e muito mais


Em 2018, o deputado federal Carlos Manato (PL) renunciou a uma bem encaminhada campanha pela reeleição para entrar de cabeça na campanha vitoriosa do presidente Jair Bolsonaro (PL). Não estava nos seus planos, mas se tornou candidato ao governo do Espírito Santo e terminou em segundo lugar, com votação surpreendente. Desde então, se cacifou como uma das principais lideranças da direita conservadora do Estado. E, durante toda a atual gestão, fez oposição ao Governo do Estado.

Neste ano, Manato volta à disputa eleitoral e tenta mudar o final do filme de 2018. Desta vez, se apresenta com um plano de governo que diz ter construído a partir de suas andanças pelo Espírito Santo e reuniões com a sociedade civil organizada. "É uma coisa preparada e não improvisada, como foi em 2018. Da outra vez, foi para dar palanque ao presidente. Desta, não. Desta vez é para ganhar".

A proximidade com Bolsonaro, aliás, é um dos principais trunfos do jogo eleitoral de Manato, que baseia boa parte de seu planejamento na convergência de sua eleição no Espírito Santo e à de Bolsonaro no Brasil. E reconhece que pode ter alguma dificuldade caso vença aqui, mas outro seja vencedor na disputa pela presidência da república. "Mas não acredito que isso (derrota de Bolsonaro) aconteça".


CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA NO VÍDEO ABAIXO


A polarização, que é novamente a tônica na política nacional, é alimentada por Manato no Espírito Santo. Mas ele garante que isso não refletiria no seu governo. "Isso (polarização) a gente coloca muito em campanha eleitoral. Tem alguns princípios éticos. A Direita defende Deus, pátria, família. É contra o abroto, contra as drogas, contra a ideologia de gênero e (defende) a liberdade de expressão. A esquerda não defende isso. Esses princípios morais estarão no meu governo. São intocáveis. Mas quando você ganha uma eleição majoritária, começa a governar para todos".

Manato diz ter especial atenção com a geração de emprego e renda, o que refletiria na diminuição da pobreza e da miséria. Um dos caminhos que aponta, é desburocratizar para facilitar a vida de quem empreende. Cita que há geração de emprego no país, mas no Espírito Santo, falta qualificação para colocar mais trabalhadores no mercado.

Com isso, espera reduzir a quantidade de capixabas que estão abaixo da linha da pobreza e vivem com renda inferior a R$ 480 por pessoa. Nas contas de Manato, em 2021, eram 740 mil pessoas nesta situação e agora, um ano depois, esse número supera 1 milhão. Ao capacitar e inserir uma pessoa no mercado de trabalho, mesmo que receba um salário-mínimo, isso contribuiria para tirar a ela e mais duas de sua família dessa estatística.

Já para os que vivem abaixo da linha da miséria, sua proposta é de uma intervenção direta do Estado. Para isso, pretende incentivar programas sociais de igrejas e organizações sociais para tirar da fome os 349 mil capixabas que vivem com renda mensal inferior a R$ 170, conforme contabiliza.

Sobre desenvolvimento regional, o candidato ao governo considera que o sul do Espírito Santo necessita de atenção especial, a qual pretende dar no acompanhamento de projetos estruturantes, como a linha férrea que chegue a Presidente Kennedy, no Porto Central, no mesmo município, na potencialização do turismo e das características de cada município e na atração de novas empresas.

Um dos mais diferentes projetos apresentados nesta campanha é a vigilância das divisas do Espírito Santo. Manato pretende criar praças como as de pedágio em todas as entradas rodoviárias do Espírito Santo. Nelas, haveria escaneamento dos veículos e a presença de policiais com cães farejadores. O objetivo é dificultar a entrada de drogas e armas ilegais no Estado. Além da entrada e saída de carros roubados.  A engenharia para fazer com que isso funcione passaria pelo aumento do efetivo policial, inclusive com a contratação de profissionais já aposentados ou reserva e do entendimento com o Governo Federal, para implantar a medida nas BRs.

Ainda na área de segurança, ele promete ampliar o efetivo da Polícia Militar em pelo menos 2,5 mil e aumentar salários. "Temos a décima economia do país e pagamos o 25º menor salário". Ele acena com investimentos em inteligência na Polícia Civil, cerco eletrônico em todo o Estado e a volta da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam), para atuar em confrontos diretos com criminosos em áreas de risco.

Nos menores municípios, Manato pretende incentivar as prefeituras e criar Guardas Municipais Rurais. Caberia ao Governo do Estado arcar com os custos, com a transferência de recursos via fundo de Segurança Púbica.

Na Saúde, Manato promete jogar duro com as prefeituras que não fizerem sua parte na atenção primária. Segundo ele, os menores municípios atendem 100%, mas os 36 maiores estão aquém. Esses, assegura, não terão novas obras enquanto não aumentarem o investimento, embora garanta que continuará qualquer obra já iniciada.

Um dos objetivos de Manato é descentralizar o atendimento, colocando em funcionamento estruturas já existentes, contratualizando filantrópicos e, em último caso, construindo novos hospitais estaduais. A ideia é reduzir a migração em busca de atendimento de saúde.

Na entrevista completa, disponibilizada em vídeo no portal jornalfato.com.br e no canal Jornal FATO no YouTube, Manato detalha alguns de seus projetos e fala ainda sobre o apoio de Bolsonaro, Educação e urna eletrônica. Vale a pena conferir.

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