O preço da gasolina teve duas reduções seguidas nas refinarias neste mês, que, somados, chegam a 25 centavos. Porém, nas bombas da maioria dos postos de Cachoeiro, a queda, quando ocorre, é gradual e bem lenta. O ritmo é bem diferente de quando o reajuste de preços é para aumentar.

No período de alta, o Procon Municipal notificou postos por anteciparem o aumento. Bastava a Petrobrás anunciar o acréscimo para o preço subir, mesmo que o novo valor só entrasse em vigor, nas refinarias, no dia seguinte.

Em 20 de março, pela primeira vez no ano, após seis altas seguidas, o movimento foi inverso. O anúncio foi de queda de 14 centavos no valor do combustível. Cinco dias depois, em 25 de março, outra redução, desta vez, de 11 centavos.

O reflexo nos postos, no entanto, não foi imediato. O valor menor só começou a ser repassado aos consumidores neste fim de semana, quando alguns postos começaram a vendê-lo a R$ 5,92, no preço mais em conta encontrado pela reportagem na tarde deste domingo (28). Muitos, no entanto, mantinham o valor acima de R$ 6,00 pelo litro de gasolina comum. Alguns a R$ 6,09.

 

Linha do tempo

Durante esse mês de março, a Petrobras autorizou dois aumentos e duas reduções no preço da gasolina. O litro, nas refinarias, saiu do patamar de R$ 2,60, em 2 de março, para R$ 2,84, no dia 9 de março. Entretanto, com as duas reduções que vieram na sequência, o valor do litro voltou a R$ 2,59.

Em 3 de março , quando o preço do litro nas refinarias, elevado na véspera, estava em R$ 2,60, o Procon coletou os preços praticados nos postos. O valor da gasolina variava de R$ 5,45 a R$ 5,94, em Cachoeiro.

A pesquisa mais recente foi realizada pelo Procon Municipal em 17 de março, oito dias após o reajuste que elevou o valor a R$ 2,84 nas refinarias, e três antes do início da redução. O menor valor preço litro do combustível era de R$ 5,92, chegando ao máximo de R$ 6,15, nos postos da cidade. Muito próximo dos valores praticados agora.

Em resumo, se quando o litro da gasolina nas refinarias custava R$ 2,60 aos postos, o valor de revenda ao consumidor final variava de R$ 5,45 a R$ 5,94. Seria de se esperar que agora, com o litro a R$ 2,59, o patamar de preço retornasse a esse nível. Mas isso ainda não ocorreu. A subida é rapida como a de um elevador, mas a descida é lenta, como a de quem usa a escada, sem muita pressa.

 A reportagem ainda aguarda posicionamento do Procon Estadual.

 

Procon fiscaliza

O Procon informa que tem feito sim fiscalizações nos postos de combustível do município. Inclusive, todos os postos foram notificados de forma recomendatória. O preço aplicado pelo posto varia, a depender do estoque que eles compram.

"Se eles compram mais barato, vendem mais barato. Se compram com preço já atualizado, eles vendem mais caro. Depende do valor de compra deles", diz em nota o órgão de defesa do consumidor.