O principal gasto de uma PME é com pagamento de fornecedores. No entanto, ao contrário do que se pensa, elas não usam a antecipação de recebíveis para compra de insumos. Então elas têm a uma ótima oportunidade para direcionar esses recursos para os maiores gastos, que no caso, é o de pagamento de fornecedores. Percebemos que o empreendedor já tem certa familiaridade com a antecipação, mas ainda há espaço para crescimento", afirma a diretora de Credit Services da Serasa Experian, Marcia Usami. Quando quebramos por modalidades (boleto, recebível de cartão de crédito, NF, duplicatas, etc.), os dados mostram que os recebíveis de cartão de crédito são usados para equilibrar o fluxo de caixa (32%) e pagar contas antes de atrasar (27%). Já outros tipos de antecipação, como boletos e NFs, são tanto para ampliar capital de giro (27%) e equilibrar fluxo de caixa (26%), quanto para comprar matéria-prima (22%). "Entender o panorama geral desse mercado, as dores das PMEs em relação ao tema e traduzir para a linguagem desse público é parte do nosso papel de empoderar essas empresas. O crédito é um caminho para o crescimento, para um fluxo de caixa mais saudável e para evitar o endividamento, como vimos, e cada vez mais é importante que as PMEs usem o crédito de forma estratégica", conclui Cleber Genero. Metodologia e amostra A pesquisa envolveu uma amostra representativa de 522 PMEs, considerando a classificação estabelecida pelo SEBRAE. A pesquisa buscou abranger diversos setores, incluindo comércio, serviços e indústria, bem como empresas que atuam tanto no mercado entre empresas ("B2B") quanto para o consumidor final ("B2C"). Foram incluídos cargos de coordenadores, gerentes, diretores, sócios e proprietários, desde que fossem maiores de 18 anos. A coleta foi realizada por meio de painel online e a margem de erro foi de 4% com um intervalo de confiança de 95%. Foram excluídas da amostra associações, federações, igrejas e outros órgãos religiosos. |