Após um drama coletivo sem precedentes, Cachoeiro a enchente é de união e solidariedade. São sentimentos e ações que podem levar a cidade a sair melhor da crise. A empatia chegou às salas de aula da escola Ciac Raymundo Andrade e inspirou professores e alunos que, nesta semana, deram singela, mas importante demonstração de apoio ao empresariado da região central da cidade, severamente prejudicado pela cheia histórica do Rio Itapemirim, em 25 de janeiro.

Sob orientação das professoras Viviana Fortuna, de Língua Portuguesa, Ildranis Laquini, de Geografia, e Andressa Arruda, de Matemática, os estudantes dos sextos anos elaboraram frases de apoio, produziram placas e as entregaram a comerciantes do Centro. O nome do projeto o resume bem: "Palavras que abraçam".

"A escola está toda envolvida.  São muito jovens. Requer um trabalho de sensibilização. E eles se saíram muito bem", considera a professora Viviane. "Eles são nosso futuro. Cabe a nós prepará-los para serem realmente humanos e solidários", complementa.

A iniciativa foi elogiada, nas redes sociais, por comerciantes alcançados. Uma delas, Bruna Nogueira Silveira, da loja Trapalhotas, conta que perdeu tudo na cheia, mas encontrou conforto na alegria das crianças.

"Me senti muito bem. A gente até esquece um pouco os problemas. É bom ver que as crianças já aprendem e sentem pela dor do outro. Nem todas as pessoas são capazes disso", avalia.