Instituições formuladas para proteger direitos fundamentais do cidadão, como moradia, negócios e compromissos. A origem dos cartórios, segundo estudiosos do tema, se deu no Antigo Egito, motivada pela natural necessidade do ser humano de revestir de segurança, clareza e eficácia seus atos e negócios.

A visão hoje em dia da atividade notarial e de registro como instrumento de desenvolvimento econômico sustentável é bastante reconhecida, portanto.

Um dos mais tradicionais de Cachoeiro de Itapemirim, o Cartório do 2º Ofício de Notas e Registro Civil "Helena Almokdice Valadão" funciona desde 1959. Atualmente, atende na Avenida Pinheiro Júnior, nº 192, bairro Ibitiquara - região central da cidade.

E agora conta com novo titular, Robson Tadeu de Castro Maciel Júnior. Natural do Rio de Janeiro, da cidade de Campos dos Goytacazes, ele exerceu a advocacia por 14 anos e já ocupou o cargo de procurador-geral da Câmara de Vereadores do seu município de origem.

Aprovado em concurso público, acaba de assumir o importante cartório cachoeirense. Robson revela que foi motivado pela segurança do cargo e, acima de tudo, pela atividade em si, que considera muito interessante.

A vocação, acredita, vem de família: "tenho um tio-avô tabelião, muito conhecido em Campos. Por conta dessa influência, desde a infância sempre me interessei pela área e pela importância que os cartórios têm. Efetivamente, escrituram os atos da nossa vida". 

Robson conta ainda que já conhecia o "Helena Almokdice Valadão" de nome e que, analisando os seus dados, foi muito fácil perceber a relevância histórica do cartório, "principalmente porque realiza os atos de registro civil de toda a 2º Zona de Cachoeiro de Itapemirim, área muito populosa e importante para a cidade".

Lembrando que a segurança jurídica é imprescindível para a garantia da plena circulação de bens e de riqueza, dentre os serviços oferecidos pelo cartório, Robson cita como exemplo a realização de escrituras de compra e venda de imóveis.

"No momento em que estamos tentando retomar a economia, sabemos da importância que o mercado imobiliário tem para isso. A construção civil é um dos grandes alavancadores da economia de qualquer cidade", conclui.

 

História

O Cartório "Helena Almokdice Valadão", em seus 60 anos de existência, sempre funcionando no lado norte da cidade, sua jurisdição, foi administrado por mais da metade desse tempo por Jamile Valadão Missi. A serventia leva o nome de sua avó, que a geriu no período inicial. Jamile, por sua vez, substituiu o tio, o ex-prefeito Roberto Valadão, por causa do envolvimento dele na política.   

Ela destaca o valor histórico de estabelecimentos do tipo, expondo que há cartórios na comarca que têm registro até de compra e venda e do falecimento de escravos, como é o caso do "Helena Almokdice Valadão".

Jamile transfere o cartório para as mãos de Robson Maciel realizada: "Procurei fazer o melhor que eu pude dentro do que aprendi, com honestidade com as pessoas, compreendendo as necessidades". 

Formada em Artes Plásticas, pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ela diz que pretende se dedicar integralmente agora a este ramo. "É o que eu amo fazer".