Petróleo e Gás: chance para micro e pequenas empresas - Jornal Fato
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Petróleo e Gás: chance para micro e pequenas empresas

Produtos e serviços podem ser fornecidos ou prestados pelas empresas capixabas de pequeno porte que são especializadas no setor


Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo podem se tornar potenciais e efetivas fornecedoras da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás. Isso porque somente a Petrobrás compra anualmente cerca de R$ 3 bilhões no Estado.

Nesse universo há, pelo menos, 40 tipos de produtos e serviços que podem ser fornecidos ou prestados pelas empresas capixabas de pequeno porte que são especializadas no setor.

Para o presidente da RedePetro, Leonardo Veloso, as principais ações da entidade se conectam a esse cenário, identificando oportunidades, capacitação das empresas e troca de informações sobre o setor, subsidiando seus associados para um crescimento conjunto, alavancando novos negócios, contribuindo para o bem-estar social através de novas oportunidades de trabalho e geração de receitas para o Estado.

"Além de dar visibilidade a pequenas empresas do Estado, a RedePetro promove um intercâmbio entre as cadeias produtivas, garantindo um crescimento do parque industrial local com retenção de riquezas no Estado", ressaltou Leonardo.

Segundo informações do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, da Federação das Indústrias do Estado (Findes), a cadeia produtiva do setor é ampla e, entre serviços e produtos estão: ferramentas manuais, materiais de escritório, móveis e utensílios domésticos, seguros e serviços financeiros, construção e obras civis, entre outros tantos.

De acordo com o especialista no segmento e coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas, nos próximos cinco anos, a Petrobras vai investir cerca de R$16 bilhões no Estado.

Já com relação ao gasto anual de R$ 3 bilhões em produtos e serviços no Espírito Santo, Durval ressaltou que esse valor pode ser superado e explicou que a compras podem ser diretas e indiretas.

"O fornecedor e prestador de serviço local precisa entender que não é só a Petrobras que compra. São também operadoras das plataformas, empresas que alugam rebocadores. Há um número grande de clientes pela frente".

Segundo o especialista, para ser uma fornecedora da Petrobras e de outras empresas do setor, a empresa precisa estar com toda a documentação em dia.

"Há ainda certificações próprias do setor como as de Qualidade, SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), Trabalho em altura, entre outras. Há cadastro que, às vezes, não são tão simples. E tudo também tem de estar em inglês, que é o idioma exigido no setor".

Durval ressaltou que o mercado de petróleo e gás é muito vantajoso. Só a Petrobras fatura, por ano no Estado, R$ 20 bilhões. Depois vem a Vale, com R$ 10 bilhões. Isso dá a dimensão do setor".

Ele complementou: "É um setor bem vantajoso, mas que cobra absoluto profissionalismo e foco de todas as empresas participantes. Não há espaço para amadores ou curiosos".

A empresa de maior volume de compra, Petrobras, divide a sua lista de suprimentos de acordo com a segmentação, que representam também as principais demandas da cadeia de Petróleo e Gás:

 

https://sistemafindes.org.br/wp-content/uploads/2019/03/Matriz-de-Suprimentos-40x30.png

 

Páginas Amarelas: Bens e serviços básicos. Nesse caso, é dispensada qualquer comprovação documental.

 

Operacionais: Itens com um grau maior de criticidade se comparados aos itens de Páginas Amarelas. Demanda comprovação documental.

 

Críticos: Bens e serviços críticos e de alto impacto econômico. Demanda comprovação documental.

 

Estratégicos: Itens chave para a operação da empresa. São de alta complexidade e fundamentais para a execução das atividades. Demanda comprovação documental.

 

Segundo o fórum, atualmente 434 micro e pequenas empresas estão inseridas na cadeia de Petróleo e Gás, um crescimento de 24% em relação ao ano passado. Um número que ainda pode ser ainda maior e expressivo com muitas oportunidades de negócios.

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