Cachoeirense que mora em Londres procura pais biológicos - Jornal Fato
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Cachoeirense que mora em Londres procura pais biológicos

Ela tem 38 anos e foi adotada por Luiz dos Santos Neves, conhecido como Luiz 90, e Maria da Penha Gomes Neves, de 76 anos


Renata atualmente e com o pai Luiz 90

A cachoeirense Renata Gomes dos Santos é uma mulher realizada e diz ser agradecida por tudo o que conquistou na vida, mas hoje, aos 38 anos, sente que falta alguma coisa. Ela foi adotada após seu nascimento e tem o desejo de conhecer os pais biológicos.

Renata vive atualmente em Londres, na Inglaterra, com seu filho de 17 anos. Ela conta que nasceu no ano de 1980, entre março e maio, na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, mas foi separada de sua mãe biológica após o parto. O motivo ainda é desconhecido.

O bebê ficou sob os cuidados da enfermeira do hospital, à época, Irmã Salete. Teve rejeição ao leite e ficou internada por vários meses. Um médico, ex-funcionário da Santa Casa (ela prefere não divulgar o nome), sabendo que um amigo queria se tornar pai, apresentou a menina para ele. A partir daquele momento, Renata ganhou uma família. Seus pais adotivos são Luiz dos Santos Neves, conhecido como Luiz 90, ex-radialista, já falecido, e Maria da Penha Gomes Neves, hoje com 76 anos.

"Ganhei um lar repleto de amor, uma família grande e unida. Um nome lindo que eu amo, mas é chegada a hora, não dá mais para segurar, porque o coração explode! Quero conhecer minha família biológica e esse será o dia mais feliz da minha vida", comenta a cachoeirense.

Renata já está em contato com a Santa Casa, e busca ter acesso ao prontuário de seu nascimento.

"Sei que será um trabalho difícil, eu não sei a data que nasci exatamente. Meus pais adotivos me deram o dia 3 de maio para comemorar meu aniversário. Será um trabalho cansativo, pois muitas crianças nasceram na mesma época que eu. Mas tenho esperança de que iremos encontrar esse prontuário com as informações importantes que me levarão até minha mãe biológica. Desde já eu agradeço ao hospital.", finaliza.

A Santa Casa informou que já está em busca do prontuário, no entanto, este é um processo lento, pois existem muitos arquivos daquela época. O hospital explicou ainda que este é um tipo de situação que acontece com frequência e diversas pessoas já procuraram a unidade para pedir arquivos. "Estamos dispostos a ajudá-la, contudo, como os documentos estão em nome de outra pessoa, só poderemos passar para ela com uma ordem judicial, faz parte do protocolo. A Santa Casa já está procurando o arquivo e está empenhada a fazer com que ela encontre sua família, mesmo que este seja um trabalho demorado".

 

Renata quando criança - Fotos: Arquivo pessoal

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