Parque com macacos e jacarés é fechado - Jornal Fato
Meio Ambiente

Parque com macacos e jacarés é fechado

O único local em Cachoeiro com opção para ver animais como jacarés, emas, macacos e antas na vida selvagem, fechou as portas em função da crise financeira do Grupo Itapemirim e da seca


Capivaras, cisnes, araras, mutuns, pavões, saguis e outras espécies vivem soltas em meio à natureza.

 

Alessandro de Paula

 

 

O único parque de Cachoeiro de Itapemirim, com opção para ver animais como jacarés, emas, macacos e antas na vida selvagem, fechou as portas em função da crise financeira do Grupo Itapemirim e da seca.

 

O Parque Ecológico Itapemirim, situado no bairro União, tem área equivalente a 80 campos de futebol e oferecia até final do ano passado passeios gratuitos, que podiam ser feitos em ônibus ou carros particulares.

 

A unidade possui lago com pedalinhos e trilhas para passeios na mata. Entre os animais, um dos mais famosos é o Chico, um macaco barrigudo mantido em cativeiro. Capivaras, cisnes, araras, mutuns, pavões, saguis e outras espécies vivem soltas em meio à natureza.

 

Por meio de nota, a Itapemirim confirmou a decisão de fechar o parque e justificou os altos custos de manutenção. Explicou que a desativação ocorre de forma gradativa e contínua.

 

O parque, sob orientação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), está transferindo os animais para áreas de mata de várias partes do país. Nos próximos dias seguem alguns bichos para o Zooparque Itatiba, em São Paulo, e outras para uma área no estado do Paraná.

 

A propriedade foi adquirida em 1970 pelo empresário Camilo Cola para realizar o sonho de sua ex-mulher, Ignez Massad Cola, que morreu em 2008. Em 1996 foi registrada no Ibama como criadouro conservacionista, recebendo animais da fauna brasileira que não poderiam ser soltos na natureza.

 

"Sempre foi desejo de Seu Camilo. Durante todo esse tempo, os custos foram mantidos exclusivamente pela empresa, que abria gratuitamente à comunidade", destacou o assessor do empresário, Alberto Moreira.

 

Por ano, o custo para manutenção do parque é de R$ 350 mil a R$ 400 mil. Com a crise do Grupo Itapemirim, que está em processo de recuperação judicial, a área passou a ser administrada pelo Complexo Pindobas, que está sob gestão direta do fundador do grupo.

 

No entanto, desde o ano passado o complexo enfrenta dificuldades em função da seca, inviabilizando o custeio da propriedade.

 

O prefeito Carlos Casteglione lamentou o fechamento da unidade. "É uma pena realmente, pois é um local bonito, mas precisamos respeitar decisão da empresa por ser uma área particular", disse.

 

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