Vereador é vaiado e desmentido em sessão - Jornal Fato
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Vereador é vaiado e desmentido em sessão


O vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Professor Léo (PT) foi vaiado ontem(20), durante a sessão ordinária da Casa de Leis. Ele anunciou em redes sociais que iria propor a anulação da votação da matéria que aumentou em 70% os salários dos vereadores para a próxima legislatura.

Não pôde cumprir, visto que a sessão ordinária de ontem tratou exclusivamente do orçamento municipal para 2012, como prevê o regimento interno da Câmara.

A promessa pela anulação da votação atraiu ao plenário dezenas de manifestantes contrários ao aumento, que o vaiaram assim que tiveram as expectativas frustradas.

 

Léo ainda tentou se pronunciar na tribuna sobre o assunto, mas a mesa diretora não permitiu, alegando estar embasada pelo regimento interno da Casa. O presidente Júlio Ferrari (PV) sugeriu que o vereador utilizasse todo o ano que vem para justificar-se com os eleitores.

Seu posicionamento quanto à anulação do pleito também provocou reações nos demais vereadores. Ele havia dito que a matéria foi à votação sem o seu conhecimento, que não estava na Câmara quando o projeto foi votado.

Além das vaias, foi desmentido pelos colegas e por documentos. A assinatura do vice-presidente consta nos pareceres favoráveis à votação do projeto com a emenda, que aumentou o salário para R$ 10 mil. Ele sabia.

Segundo um vereador "" que preferiu não se identificar "", todos os parlamentares estiveram reunidos na sala da presidência antes da votação do projeto, e a opção por utilizar o teto para reajuste salarial, previsto por lei, foi unânime.

"Minha emenda por equiparar os salários dos vereadores até o limite de 50% dos subsídios dos deputados estaduais foi aceita por todos. Aquele que disser que não sabia está mentindo ou pode ser considerado inativo na Câmara"?, disse Fabinho, que também usou do mesmo argumento e, até ontem, dizia não saber que a matéria seria votada naquela data.

Doação

Confrontado pelos vereadores e impedido de justificar seu posicionamento, o vereador afirmou que, caso seja reeleito, abrirá mão da diferença salarial e devolverá o valor que ultrapassa o salário atual aos cofres públicos.

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