Caso Roseli: Assassino tinha fotos e vídeos de centenas de mulheres - Jornal Fato
Polícia

Caso Roseli: Assassino tinha fotos e vídeos de centenas de mulheres

Detalhes como datas, locais e idade, além de fotos, vídeos e dados de mulheres eram arquivados por Alexandre Nunes e guardados em um cofre em sua residência


A Polícia Civil continua a investigar a vida do pecuarista Alexandre Nunes, de 54 anos, que confessou ter assassinado, com um tiro na cabeça, a vendedora Roseli Valiati Farias, 47 anos. Os dois se conheceram na internet. As apurações mostram que ele se utilizava das redes sociais para se aproximar de mulheres e mantinha cadastro metódico sobre elas, incluindo fotos e vídeos de mais de 100.

As mais recentes revelações feitas ao FATO pelo delegado Felipe Vivas são sobre os pen-drives, celulares e computadores que Alexandre mantinha. Neles havia dezenas de fotos e vídeos de inúmeras mulheres eram arquivados por ele nas memórias portáteis e encontradas em um cofre particular.

"Nós tivemos autorização da Justiça para verificar mídias de pen-drive, computador e notebook e seus três celulares. O indivíduo mantinha contato com inúmeras mulheres. Nos pen-drives ele possuía pastas e mais pastas, todas catalogadas por nomes, datas ou alguns outros elementos de identificação e ainda fotos e vídeos. Ele se aproximava por meio de rede social", detalha o delegado Felipe Vivas.

Pendrives e dois dos celulares periciados

São mulheres de Cachoeiro e região com quem Alexandre mantinha relacionamentos, utilizando nomes e perfis falsos.

Um dos aparelhos de celular também foi periciado. Nele, foi encontrada agenda com informações sobre 205 mulheres, com detalhes e conversas. O smartphone era exclusivamente para arquivar nomes, fotos e vídeos delas.

Entretanto, Alexandre apagou todas as conversas que teve com Roseli Valiati. O WhatsApp, segundo as investigações, também era usado apenas para este fim: relacionamento com diversas mulheres, algumas no mesmo tempo.

Um dos perfis falsos usados por Alexandre. As fotos foram retiradas da internet.

 

Perfil de Mulheres

Alexandre Nunes mantinha catálogo com a imagem das pessoas que ele conheceu ou se relacionou por algum tempo. Na maioria, mulheres na faixa de 45 a 60 anos. Além de vídeos e fotos, anotava dados como nome, idade, cidade, além de outras informações.

Para se aproximar, utilizava nomes diferentes. Para isso, se utilizava de arquivo com fotos de um homem, que pegou na internet para simular um perfil, com detalhes de seu cotidiano. Tudo falso. A estratégia incluía até mesmo um crachá falso de engenheiro, com o nome de Gustavo Hoffman. 

O delegado Felipe Vivas reforçou que o foco das investigações continua sendo o assassinato de Roseli. O crime chocou Cachoeiro de Itapemirim. Alexandre (foto acima), prestou novo depoimento nesta terça-feira (26). Os trabalhos prosseguem, segundo Vivas.

 

O Caso

Roseli Valiati Farias desapareceu no domingo (17). Alexandre Nunes confessou que matou a vendedora, enquanto ela dormia com um tiro na cabeça. Ele levou os policiais até a cova rasa onde enterrara o cadáver, na divisa de Presidente Kennedy-ES com o estado do Rio de Janeiro.

Arma usada para matar Roseli, enquanto ela dormia

Durante entrevista coletiva, na delegacia de Polícia Civil, na manhã da quinta-feira (21), o delegado Felipe Vivas, titular da DHPP, informou detalhes sobre o caso da vendedora Roseli Valiati, de Cachoeiro de Itapemirim. 

Carro que transportou o corpo de Roseli até a praia onde foi enterrada

 

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