Concluído inquérito sobre empresário de Cachoeiro morto em Vitória - Jornal Fato
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Concluído inquérito sobre empresário de Cachoeiro morto em Vitória

Detalhes da investigação foram divulgados em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (25).


- Foto: Divulgação Polícia Civil.

Foi concluído esta semana, em pouco mais de 30 dias, o caso do assassinato do empresário cachoeirense, David Dalrio da Silva, de 34 anos. Ele foi asfixiado dentro de seu próprio apartamento, no Bairro Jardim Camburi, em Vitória, na noite de 18 de junho. O assassino utilizou o fio de um ferro de passar roupa para asfixiá-lo. O crime teve grande repercussão no Estado e abalou a comunidade.

O autor do crime foi identificado pela Polícia Civil (PC) como Breno Ribeiro Freire, de 26 anos, e preso em flagrante no dia seguinte, em posse do carro da vítima. Detalhes da investigação foram divulgados em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (25), na Chefatura de Polícia Civil. Participaram da coletiva o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, e o titular da DHPP Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, responsável pela investigação. 

O delegado-geral da Polícia Civil, destacou a perversidade do assassinato. "Um crime perverso. O autor não teve um pingo de consideração pela vítima, mata de forma cruel e depois furta seus objetos", disse.

José Darcy Arruda também faz um alerta para usuários de sites de relacionamentos: "O que eu quero chamar a atenção aqui, mais uma vez, a todas essas pessoas que entram em sites de relacionamentos, que já vão logo para o primeiro encontro, vão levando para suas casas, tomem cuidado. Não façam isso. Procure saber quem é, tenha alguns encontros, para você poder conhecer a pessoa, para depois então ter alguma intimidade", pontuou.

As investigações apontaram que a vítima e o autor do crime se conheceram por meio de um aplicativo de relacionamento e, entre idas e vindas, os dois se encontravam há cerca de quatro meses.

Quando foi preso, o autor chegou a afirmar que não sabia que tinha assassinado da vítima, mas depois acabou confessando. "Ele alega que a vítima o forçou a ter relacionamentos. Que ele tinha o hábito, quando se encontrava com a vítima, de ser ativo, porém naquele dia, a vítima o forçou a ser passivo. E a partir dali, surgiu uma briga entre eles", conta o titular da DHPP Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti.

O autor do crime teria relatado ainda que fez artes marciais por um bom tempo, o que possibilitou que ele conseguisse imobilizar e matar a vítima, que tinha um porte físico bem maior que o dele.  

Após o crime, o assassino ainda furtou o carro, o celular e a carteira da vítima. Durante a investigação, a Polícia Civil concluiu que o autor sempre teve interesse de tirar vantagens em relação à vítima. "O autor trabalha como operador de caixa e via que, a partir do momento que se relacionava com a vítima, ele tinha ganhos patrimoniais. Isso ficou claro na investigação e só se confirma após o crime, quando o autor furta o veículo da vítima. Inclusive, sendo preso com esse veículo um dia depois do crime", explicou o delegado Marcelo Cavalcanti.

A vítima foi encontrada em seu apartamento por uma amiga, que acionou a polícia e, a partir daí foram iniciadas as investigações, que culminou na prisão do autor. O cachoeirense foi morto na noite de um domingo e encontrado por volta das 19h do dia seguinte.

Breno Ribeiro Freire foi autuado e denunciado pelo Ministério Público, se tornando réu em ação penal pelo crime de homicídio qualificado e indiciado pelo crime de furto, com o aumento do abuso de confiança.

Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, o crime "é qualificado pelo meio que ele empregou. Ele empregou asfixia para matar a vítima. E ele só teve acesso a toda essa situação porque conhece a vítima através do aplicativo. Começa a se relacionar e, a partir daí, ganha a confiança da vítima, findando nessa tragédia que a gente entrega à família e a sociedade esta resolução".

E o delegado-geral da Polícia Civil concluiu dizendo; "A gente entende que não traz a vítima de volta, mas é uma forma de se fazer justiça aqui na terra".

A mãe da vítima, Marissol Dalrio, declarou que "os familiares e amigos de David só querem que seja feita justiça, pois ele era uma pessoa incrível, todos que o conhecia se apaixonavam por sua alegria de viver".

 

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