Fracassa leilão dos carros do ex-contador
Veículos pertenciam ao contador Hélio Grecchi, condenado por desvio de dinheiro da Câmara de Cachoeiro
O primeiro pregão, realizado pela Justiça Estadual, na manhã de quinta-feira (15), sede da Associação Comercial de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci), não registrou interessados e ficou para o dia 29 deste mês, a segunda etapa do leilão de quatro veículos apreendidos do ex-contador da Câmara de Vereadores de Cachoeiro de Itapemirim, Hélio Grechi Roza, condenado por atos de corrupção. Ele foi condenado, em 2014, a 16 anos de prisão, por desvio de dinheiro público.
Os carros, avaliados em R$ 94 mil, foram apreendidos durante a Operação Parlamento Rosa, deflagrada em outubro de 2013. As investigações apontaram um rombo de R$ 2 milhões no erário pelo esquema de desvio de recursos públicos na folha de pagamentos da Casa.
Os veículos são: Toyota Corolla XEI 1.8, avaliado em R$ 36 mil e cujo lance inicial é de R$ 28,8 mil; Volkswagen New Beetle, avaliado em R$ 28 mil, com lance mínimo de R$ 22,4 mil; Peugeot 307, avaliado em R$ 17 mil e lance inicial de R$ 13,6 mil e um Chevrolet Celta 1.0 LS, avaliado em R$ 13 mil e com lance mínimo de R$ 10,4 mil.
Segundo a leiloeira pública oficial, Hidirlene Duszeiko, como não apareceram interessados nesse primeiro momento do leilão, uma nova tentativa será feita no próximo dia 29 para tentar o arremate dos veículos. "Não encontrando comprador ou em não se atingindo o valor mínimo, a demanda retorna para o juiz Robson Louzada Lopes, responsável pela Vara da Fazenda Pública Municipal, para que sejam tomadas novas medidas", comentou.
"Os veículos poderão ser visitados até o dia 28 deste mês, das 09h00 às 11h00 e das 14h00 às 17h00, na Rua Projetada Um, nº 22, Bairro Coramara", concluiu a leiloeira.
Relembre os FATOS
A Operação Parlamento Rosa foi deflagrada em outubro de 2013 com o objetivo de colher mais documentos sobre o esquema de irregularidades na folha de pagamento da Câmara de Cachoeiro. Ao todo, nove pessoas foram presas, entre elas, servidores da Casa. Segundo as apurações, o então contador teria utilizado o dinheiro público para realizar uma série de negócios, como a compra de veículos, máquinas pesadas, imóveis e até cabeças de gado. A notícia da denúncia partiu do atual presidente da Casa, Júlio Ferrari (PV), que solicitou a abertura das investigações.