Separado de Maria da Graça Nalim Xavier, 47 anos, cerca de um mês antes, o marido dela, 43 anos, é principal suspeito do duplo homicídio cometido contra ela e o cantor Carlos Pastor Neto, que formava dupla sertaneja (Carlos e Roniel), em Muqui, no Sul do Espírito Santo.

Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (4) em cumprimento de mandado de prisão temporária - de 30 dias prorrogável por igual período. Ele nega o crime, mas já foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim.

O duplo assassinato foi registrado na noite de 14 de julho, na zona rural de Muqui. Entretanto, a Polícia Civil considera que Graça e Carlos foram mortos na véspera, pois quando encontrados, vestiam as mesmas roupas e até máscaras que estavam ao sair de casa no dia anterior.

As vítimas trabalhavam juntas na comunidade de Fazenda Santa Rita, no "Sítio da Dona Nelinha", como caseiros. Desde o início havia suspeita de que ambos pudessem ser vítimas de crime passional, já que o pedreiro preso pelo crime, não aceitava a separação e achava que a esposa e o cantor estivessem num relacionamento, preocupação que já manifestara inclusive a outras pessoas, como alerta.

Além da prisão do suspeito, a operação que envolveu as polícias civil e militar ainda esteve em outros endereços relacionados a ele, em busca de mais evidências. A arma do crime não foi encontrada, mas aparelhos de telefone celular foram apreendidos.

 

RELEMBRE

Foi o pai de Carlos o primeiro a chegar ao local. Desde a tarde, ele tentava contato com o filho, como não recebeu nenhum retorno - o que, segundo informou à polícia, jamais acontecia - e depois de buscar informações com parentes, resolveu ir ao local e se deparou com o corpo do filho, na entrada da casa, já sem vida. 

A Polícia Militar foi acionada e, dentro do imóvel, descobriu o segundo corpo, na sala, também com sinais de perfurações típicas de balas. Não havia sinais de arrombamento e, inicialmente, não houve registro de que algum objeto tenha sido levado.