Mulheres vítimas de violência poderão ter acesso a empregos - Jornal Fato
Política

Mulheres vítimas de violência poderão ter acesso a empregos

Entenda como proposta cria programa de incentivo fiscal para empresas que empregarem mulheres em situação de violência doméstica


Reduzir as desigualdades de gênero por meio da concessão de incentivo fiscal às empresas que admitirem em seus quadros funcionais mulheres que estejam em situação de violência doméstica é um dos objetivos do Projeto de Lei (PL) 402/2021, que começou a tramitar na Assembleia Legislativa (Ales) a partir da leitura no Expediente da sessão ordinária desta segunda-feira (9).

De autoria da deputada Janete de Sá (PMN), a matéria busca promover a independência financeira dessas vítimas com a criação do Programa de Contratação de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Financeiramente Dependentes (PCMVVDFD). A medida pretende possibilitar também o rompimento da situação de violência e assegurar o convívio social das mulheres que se encontram nessa situação.

Mulheres sentadas apertam as mãos; na mesa em frente a elas papeis e uma caneta sobre os documentos
Programa pretende romper ciclo violento ao possibilitar independência financeira das vítimas / Foto: Freepik
 


Um estudo realizado em 2019 pelo Instituto DataSenado aferiu que de 2.400 mulheres entrevistadas, 650 admitiram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica ou familiar e a dependência financeira apareceu em 32% das respostas das vítimas como a principal razão para não procurar a polícia contra o companheiro ou parente agressor.

"A situação fica ainda mais complicada quando há filhos, principalmente se for fruto da relação, o que gera o receio na mulher de não conseguir suprir as despesas sozinha caso abra mão do suporte financeiro do agressor. Desse modo, ela opta por permanecer no ambiente doméstico hostil para tentar dar melhores condições aos filhos", explica a autora do projeto.

O PL em alusão à Lei Maria da Penha (Lei Federal 11.340/2006), que completou 15 anos no último sábado (7), passará agora pelo crivo das comissões de Justiça, Cidadania, Segurança e Finanças.

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