Vítimas de chuvas no sul do ES podem ter benefícios fiscais - Jornal Fato
Política

Vítimas de chuvas no sul do ES podem ter benefícios fiscais

Projeto do governo capixaba para alterar lei que regula ICMS deve tramitar em regime de urgência na Assembleia Legislativa a partir da tarde de hoje


- Eduardo Dias

Conceder benefícios fiscais a vítimas das fortes chuvas que atingiram municípios do Espírito Santo, sobretudo na região sul, no mês passado. 

É o que pretende o Governo do Estado por meio do Projeto de Lei (PL) 216/2024, que deve começar a tramitar, em regime de urgência, na Assembleia Legislativa (Ales) nesta segunda-feira (22), com a leitura na sessão ordinária, marcada para começar às 15h.  

O texto sugere alterações na Lei 7.000/2001, que regula o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
As principais medidas propostas são as seguintes: isenção do ICMS nas aquisições de bens destinados ao ativo imobilizado (necessários para a produção de uma empresa, como maquinários, equipamentos etc.); prorrogação de prazo para pagamento do imposto incidente sobre as operações ou prestações realizadas nos meses de março a maio de 2024; parcelamento dos créditos tributários referentes às operações ou prestações, que poderá ser recolhido em até seis parcelas mensais, sem quaisquer acréscimos de juros, multas ou demais acréscimos legais; e dispensa do estorno do crédito fiscal referente ao estoque de mercadorias que comprovadamente tenha perecido, deteriorado ou sido inutilizado.
"A medida visa a internalizar o Convênio ICMS nº 14/24, celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza a concessão dos benefícios fiscais a contribuintes do ICMS localizados nos municípios em que foi decretado Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, em decorrência das fortes chuvas no Estado", argumenta o governador Renato Casagrande (PSB), na justificativa da matéria.


Impacto financeiro

De acordo com a declaração encaminhada em anexo pelo titular da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Benício Suzana Costa, o projeto "não implica aumento de despesas, mas sim renúncia de receitas". 

O impacto financeiro previsto na arrecadação em 2024 é de pouco mais de R$ 30 milhões, de acordo com a estimativa apresentada pela Sefaz.


Tramitação

O presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (Podemos), apresentou requerimento para que o projeto tramite em regime de urgência na Casa. 

Esse pedido deve ser votado na sessão ordinária. Se aprovado, pode ser convocada reunião extraordinária para que a matéria seja apreciada pelo Plenário ainda na tarde desta segunda-feira.

Ao vivo

Acompanhe a tramitação do PL 216/2024

 

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