"A gente se coloca no lugar de outra família", diz filha após doar órgãos do pai - Jornal Fato
Saúde

"A gente se coloca no lugar de outra família", diz filha após doar órgãos do pai

Assim que foi constatada a morte encefálica, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplante da Santa Casa entrou em contato com a família e iniciou uma corrida contra o tempo.


Em menos de 10 dias, a Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro realizou a segunda captação de órgãos no hospital. Dessa vez, foram doados um fígado e dois rins que vão beneficiar pacientes que aguardam na fila do transplante no Espírito Santo e em São Paulo.

O paciente, de 61 anos de idade, deu entrada vítima de um acidente. Embora tenha recebido todos os cuidados, o estado de saúde se agravou e ele não resistiu. 

Assim que foi constatada a morte encefálica, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplante da Santa Casa entrou em contato com a família e iniciou uma corrida contra o tempo.

A filha da vítima, Renata Ramos, contou que ela e os outros dois irmãos tomaram a decisão que vai mudar a vida de outras pessoas que receberão os órgãos.

"A gente sabe que é muito importante esse gesto de amor e solidariedade. Nós três nos colocamos no lugar de outra família que vai ter a chance de ter uma vida normal", disse.

Mais doação

Essa é a quarta captação realizada na Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro este ano. A última foi feita no último dia 12 de julho.

Os órgãos desse paciente, também vítima de acidente, ajudaram a salvar a vida de outras seis pessoas.

Ao todo, foram doados os rins, córneas, coração e fígado para pacientes que estavam na fila do transplante. Apenas os rins foram para morador de fora do Estado. O restante ficou no Espírito Santo.

A coordenadora da CIHDOTT, Beatriz Rivieri Colodette, reforçou a importância sobre a doação e que somente a família pode fazer essa autorização, por isso, eles precisam saber da vontade do doador.

"Ao contrário do que muitos pensam, a vontade de doar não fica escrita em documentos, como carteira de motorista. Na verdade, quem quer ser um doador deve deixar o desejo explícito para sua família".

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