Pais devem intensificar cuidados com alimentação das crianças durante a pandemia - Jornal Fato
Saúde

Pais devem intensificar cuidados com alimentação das crianças durante a pandemia

No Dia de Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil, a ser comemorado nesta quarta, 3 de junho, especialista faz alerta e apresenta dicas


A pandemia do novo coronavírus traz uma série de desafios para as famílias, entre eles a alimentação das crianças, que, com o isolamento social, sem aulas e demais atividades, ficam em casa e tendem a comer mais e nem sempre alimentos saudáveis. No Dia de Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil, comemorado nesta quarta-feira, 3 de junho, a Unimed Sul Capixaba orienta sobre a importância de manter e intensificar os cuidados com a alimentação dos pequenos.

"Priorizar as refeições saudáveis é fundamental para o sistema imunológico ficar fortalecido e prevenir o ganho de peso. As crianças andam gastando menos energia, já que as atividades ao ar livre e os passeios estão proibidos para reduzir as chances de propagação do novo coronavírus. Por isso, mais do que nunca, a alimentação tem papel primordial no combate à obesidade", alerta a endocrinologista da cooperativa, Iara do Vale Machado.



Ele ressalta que crianças obesas têm mais riscos de se tornarem adultos obesos. E a consequência disso é o aparecimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que podem, inclusive, levar à morte precocemente. "Houve uma mudança na forma de consumo dos alimentos e hoje estamos colhendo os frutos da preferência nas famílias por itens industrializados e processados", explica.

A prova são os números do obesidade infantil, que não param de crescer no Brasil. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que 12,9% das crianças do país de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos estão acima do peso. Para se ter uma ideia da gravidade, a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o Brasil tenha 11,3 milhões de crianças obesas em 2025.

Para conter o avanço do problema, os especialistas recomendam que os pais criem uma rotina de alimentação para o período de isolamento, com horários definidos para as refeições. "Se a criança passa a comer muitos itens industrializados, salgadinhos, bolachas, pães e massas nesse momento em casa, quando ela voltar à escola e à sua rotina normal, será mais difícil retomar com a alimentação saudável novamente", destaca Iara do Vale Machado.



Se possível, os pais devem realizar as refeições em família, com todos sentados juntos à mesa. Esse hábito, segundo os especialistas, torna o momento agradável e prazeroso, unindo crianças e adultos. Outra dica é deixar frutas prontas para o consumo à disposição dos pequenos, caso a fome bata entre as refeições e incentivar o hábito de beber água com frequência.

"O consumo indicado de frutas, legumes e verduras é de oito porções diárias, o que garante uma alimentação rica em nutrientes e mantém a criança forte e saudável. Considerando que vivemos um período atípico, nenhum alimento precisa ser proibido. As crianças também estão sensíveis e ansiosas. Os pratos mais calóricos podem ser oferecidos, mas que sejam exceções", ensina a especialista.

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