Uma pandemia mundial causada pelo novo coronavírus além de deixar a população em pânico, alerta e em isolamento social, ele também nos permitiu frear nossos dias; olhar para dentro, para o outro e para os nossos. Não tínhamos tempo para nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge e agora, como diria Renato Russo: "temos todo tempo do mundo".

Fica em casa! Essa foi a palavra de ordem diante a necessidade do isolamento social, maneira encontrada para se evitar o contágio em locais com aglomeração como, por exemplo, em shows, boates, cinemas, shoppings e confraternizações familiares.

A covid19 nos resgatou a importância de lavar as mãos com água e sabão (coisa que aprendemos quando criança) não pôr as mãos no rosto estando sujas, usar álcool em gel para a higiene quando estiver em local que não seja possível a lavagem das mãos, usar máscaras, ter uma boa alimentação, mas e o emocional, como fica?

A quarentena que nos faz manter o distanciamento é a mesma que nos restringe os abraços, aperto de mãos e o beijo em quem a gente gosta, mas que está e precisa ficar longe. Sabe aquele afago na vovó com cafuné? Se ela for idosa e morar em outra casa, não pode para preservar a sua saúde. Imagina ter que respeitar a quarentena sendo que o brasileiro é um povo caloroso, receptivo e que tanto gosta do contato físico. Não temos aquele "sextou, sábadou, domingou" nas baladas e encontro sociais com os amigos e família. É, realmente, está tudo muito diferente.

Crises de ansiedade e depressão são mais constantes nesse período de quarentena. Insonia, falta de ar, inquietude, choros constantes, são uns dos sintomas mais comuns de acontecer. Então, o que fazer para ameninar e tornar esse período mais leve? Além de aproveitar esse período para fazer a autoanalise, traçar metas e idealizar novos conceitos de valores sociais, organizar a casa, cuidar da saúde fazendo atividade física em casa, aprender coisas novas e para esse quesito temos um grande aliado - as mídias sociais. Um exemplo: as lives!

Nunca se ouviu falar tanto em live e estas, além de ser uma boa distração é uma ótima oportunidade de manter a saúde mental. Tutoriais de maquiagem, cabelo, atividades físicas, concursos públicos, entre várias outras oportunidades de aprendizado, mas também há lives que nos proporciona risos em meio ao caos emocional que estamos passando. Usar as redes sociais para aproximar quem está longe e trazê-lo para perto tem sido uma saída para estreitar os laços com quem amamos e que não moram na nossa casa, dar atenção e afeto mesmo que seja pela tela do celular ou computador. Não dá para ter o contato físico ainda, mas dá para sorrir e espalhar alegria.

Quem não pode ficar em casa porque tem que trabalhar, é preciso ter as cautelas necessárias, entretanto, quem pode ficar em casa faça seus dias serem leves e produtivos. Um café fresquinho respirando lentamente a paz do dia já é uma maneira de começar acreditar em dias melhores. Isso tudo vai passar e o aprendizado que tivemos hoje será o que levaremos para o futuro. E, com certeza, chegará um dia na correria do dia a dia em que você dirá: que saudades de ficar em casa!

Pamela Gualandi