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A avaliação de cada candidato

Os pré-candiatos procuram se inserir no cenário que virá no próximo ano


- Foto Divulgação/PMCI

Os pré-candidatos a prefeito estão começando a fazer um balanço do que aconteceu no ano político em conjunto com suas possibilidades eleitorais.  Procuram se inserir no cenário que virá no próximo ano.  Há deputados, vereador, secretária municipal e, pelo que se viu na imprensa, a incógnita dentro do PT, na figura Carlos Casteglione, que, afinal, procura levantar voo.

Não é muito difícil fazer essa contabilidade. Isso porque necessariamente precisam repassar o que se fez este ano e o que se projeta para o futuro. Mas, sobretudo, pessoalmente, é fundamental que se apure como o eleitor recebeu suas mensagens. Geralmente transmitidas pela mídia eletrônica. A crônica ficará picotada.

Claro que a grande novidade - e disso ninguém pode fugir -  foi a ascensão de Lorena, escolha do prefeito Victor Coelho para assumir sua secretaria de Obras e Manutenção. Aliás, ninguém esperava que isso acontecesse. Lorena não era política militante. Nem mesmo conhecida na imprensa como tal.  E, sobretudo, prefeito nenhum - já disse isso, mas preciso reforçar - escolheu, até hoje, uma mulher para ocupar uma secretaria tão pesada; secretaria linha de frente.

Deu certo. Ouvi de um empreiteiro que possui grande experiência no ramo: "Meu Deus! como a Lorena está crescendo". Se o prefeito tem olho clínico, a secretária, por sua vez, tem muito que lutar.   E está lutando.

Como é do jogo, encontra resistência até mesmo entre seus colegas secretários. Política, aliás, sempre foi assim. Só que o mínimo que se espera é o entendimento primário de que se houver divisão o Prefeito perde a eleição, seja com Lorena ou quem quer que seja. E seu futuro político e seus planos ficam prejudicados.  Esse raciocínio é elementar. Não precisa ser político para compreender.

Voltando um pouco atrás, claro que não se pode esquecer que o deputado Alan Ferreira também foi e é uma surpresa, Aliás, apoiado pelo prefeito Victor na eleição. E hoje é também um pré-candidato muito forte à sucessão municipal.  O médico Bruno Rezende também saiu da estaca zero, sem nunca ter sido candidato a qualquer posto eletivo, e conseguiu chegar à Assembleia Legislativa.  São fatos relevantes para avaliação minuciosa. Afora, por óbvio, dentro do campo adversário do governador Casagrande, como aconteceu na eleição passada. 

O vereador bolsonarista Juninho, embora não tenha conseguido se eleger deputado, se mostra como o principal antagonista do candidato (a) a ser apontado pelo prefeito, que, afinal, atraiu para si, como é de praxe, essa incumbência.   Quais seriam as principais táticas de cada um, perguntaria o leitor?   É o que se espera conhecer no próximo ano, embora já que se reconheça a dos principais.

Uma pergunta que se impõe: qual é a avaliação da performance do prefeito Victor, hoje? Ela é feita pelo volume de obras que ele apresenta? Mudará com as inaugurações? Ele conseguirá transmitir para seu candidato (a) essa sensação de continuidade? O transtorno causado com as obras abalará seu prestígio ou será coisa do passado quando da inauguração delas?

O que se vê, contrariamente ao início de seu primeiro mandato, é um Victor mais político, adquiriu grande experiência e tem muito cuidado no que fala, buscando não criar atrito. Pensa, por óbvio, preservar sua imagem de bom administrador, lançando seu olhar para o futuro na Câmara Federal.  Valadão foi eleito prefeito, num segundo mandato, sobretudo em virtude de um plano de cargos e salários para os servidores municipais. Victor está cuidando dessa pauta, também com acenos de final de ano.

Por fim, os candidatos não podem esquecer dos vereadores. Peças fundamentais. Eles, por óbvio, estão muito ligados à secretaria de obras. Aliás, como acontece historicamente. Essas pautas deverão marcar o próximo ano para cada candidato.


Wilson Marcio Depes Advogado Escritor e jornalista

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