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O tempo de Victor Coelho

Mesmo sem poder se recandidatar, Victor será polo importante na eleição do ano que vem


- Foto Reprodução/Instagram

As articulações andam a mil nos bastidores da política em Cachoeiro de Itapemirim, com pré-candidatos a prefeito pisando no acelerador a mais de um ano das eleições.

Tanta movimentação tem rendido análises políticas diversificadas, mas, de concreto, pouco, quase nada.

E muito disso se deve à parcimônia estratégica com que o prefeito Victor Coelho (PSB) tem tratado o assunto.

Quem chega ao município e percebe o volume de obras em andamento, imagina que se trata do penúltimo ano de gestão de algum candidato à reeleição.

Mas, não.

É - além do fruto do trabalho dos últimos seis anos - a forma como Victor encontrou para lidar com a própria sucessão.

Combalido após a polêmica atualização do IPTU, o prefeito ressurge com uma gestão de resultados, com forte apoio do governo estadual.

O pacote de infraestrutura é impressionante. Talvez o maior da história do município.

É claro que as obras trazem transtornos transitórios, principalmente por quem transita ou empreende no Centro.

Por outro lado, o benefício para a periferia, que é onde vive a maior parte da população, será duradouro e não facilmente esquecido.

Mesmo quem detrata o prefeito por estratégia eleitoral sabe: o que está em andamento é grande e há ainda mais por vir.

Boa parte do que é plantado pela administração municipal, será colhido no período eleitoral, com entregas robustas, que tendem a mudar para a melhor a percepção sobre a gestão e o gestor.

Sendo assim, percebe-se que qualquer político que queira chegar à Prefeitura e vislumbre possibilidade, tenta se aproximar daquilo que a gestão tem de bom.

É o que diminui o tom e a quantidade de críticas.

Mesmo sem poder se recandidatar, Victor será polo importante na eleição do ano que vem.

Como não tem nenhum pupilo definido para sucedê-lo, está rodeado por políticos interessados em sê-lo.

Mas não vai apoiar quem não o apoie de volta e defenda seu legado abertamente.

E com isso, ninguém teve coragem de se comprometer, ainda.

A indefinição de Victor deixa também indefinido o cenário.

De certa forma, é ele quem dita o tempo eleitoral.

E, ao que parece, não está com pressa para recomendar ninguém.

Se fizer isso muito cedo, põe termo à sua gestão - hoje a pleno vapor - antes da hora.

Ele sabe disso e, ao invés de querelas eleitorais, se dedica a entregar o máximo de resultados no tempo que lhe resta de mandato.


Wagner Santos Diretor e editor Jornalista

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