Prefeitura e PC negam que pesquisadores tenham sido presos em Cachoeiro - Jornal Fato
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Prefeitura e PC negam que pesquisadores tenham sido presos em Cachoeiro


Segundo matéria divulgada pelo jornal O Globo, pesquisadores do projeto "Evolução da Prevalência da Infecção por Covid-19" foram proibidos de trabalhar em Cachoeiro de Itapemirim, sendo alguns até presos. A pesquisa, coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e financiado pelo Ministério da Saúde, busca analisar a evolução dos casos da Covid-19 no país. O objetivo é testar ao todo 99.750 pessoas de 133 municípios de todas as regiões do país. 

De acordo com a notícia, equipe de pesquisadores são detidas pela polícia e impedidas de trabalhar por governos municipais, que alegam precisar autorizar a pesquisa. A denúncia, conforme dito na reportagem, é feita pelo reitor da universidade.

Contudo, a denúncia não é confirmada pela prefeitura municipal de Cachoeiro, que afirma não ter interferido na pesquisa e diz, por meio de nota, que ficou sabendo do fato e buscou apurar as informações, mas desconhece quaisquer detenções de profissionais do primeiro estudo sobre a pandemia de coronavírus. Disse ainda que não entende porque a cidade foi incluída na listagem de cidades onde ocorreram as prisões.

Além de Cachoeiro, outras 39 cidades estão nas listas do município que impedem o trabalho dos pesquisadores.

A Polícia Civil também ressaltou que não foi registrado detenção de pesquisadores no município. "Não há nenhum registro oficial de que o fato tenha ocorrido em Cachoeiro".

Diz ainda que em São Mateus três pessoas foram conduzidas à delegacia, onde declararam que estavam na cidade a serviço de uma empresa de pesquisas. Os três assinaram um Termo Circunstanciado com base no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais: Provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto. Os três foram liberados para responder em liberdade, após assumir o compromisso de comparecer em juízo.

A reportagem tentou contato com a Universidade Federal de Pelotas, mas não obteve retorno.

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