Cartão de crédito: cuidado com juros de mora, alertam especialistas
Número de cartões de crédito em circulação (190,8 milhões) já representa quase o dobro da população economicamente ativa brasileira (107,4 milhões), de acordo com último levantamento do BC
O número de cartões de crédito (190,8 milhões) em circulação já representa quase o dobro da população economicamente ativa no Brasil (107,4 milhões), apontou o último levantamento sobre o assunto, divulgado pelo Banco Central, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
A quantidade de clientes no país que usam este produto financeiro, informa o Banco Central, teve um incremento de 30,9% entre 2019 e 2022. Em junho do ano passado, no entanto, 84,7 milhões de usuários tinham saldo devedor em seus cartões.
Especialistas em Finanças alertam que os juros do cartão de crédito são os mais altos do mercado. E, caso o cliente fique inadimplente, ainda incidem juros de mora (espécie de "punição" pelo atraso no pagamento de uma conta ou parcela). Para se ter uma ideia, dados relativos a janeiro mostravam as instituições financeiras cobrando, em média, 411,5% de juros ao ano (14,5% ao mês) na modalidade de "crédito rotativo" - quando o consumidor não paga o total da fatura e acumula débitos para o mês seguinte.
E muitos, sem dinheiro na conta, vão ficar "rodando crédito rotativo direto", observam. É aquele negócio, a pessoa está sem dinheiro e tem que ficar pegando emprestado para comer e comprar qualquer coisa, adianta tudo no cartão, não tem muita escolha...
Um dos conselhos mais importantes é não perder o prazo da fatura, senão incidem os tão temidos juros de mora.
E há vários bancos digitais que não cobram tarifa de manutenção de cartão, o que representa uma importante economia para os clientes.
Mas os especialistas veem como benéfico o aumento da utilização de cartões de crédito no país: permite ao usuário que os utiliza de forma inteligente se organizar financeiramente.
Este incremento pode ser explicado, segundo o Banco Central, pela entrada de novos players no mercado nos últimos anos, principalmente no segmento de cartões pós-pago. O que fez com que uma parcela significativa da população brasileira passasse a ter acesso a um ou mais cartões de crédito.
