Nossocrédito financia mais de R$ 20 milhões - Jornal Fato
Economia

Nossocrédito financia mais de R$ 20 milhões

Maria Lúcia: de doméstica a microempresária do setor de alimentos


Uma das políticas públicas de desenvolvimento mais importantes do Espírito Santo, o programa Nossocrédito financiou R$ 20,5 milhões em microcrédito produtivo para empreendedores em Cachoeiro de Itapemirim. O desempenho da agência é resultado de 12 anos de atuação no município, que contabiliza 5,4 mil contratos de financiamento para empreendedores formais e informais.

Apenas em 2015, de janeiro a outubro, foram liberados R$ 2,4 milhões por meio de 453 contratos de financiamento. A expectativa do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), coordenador do programa, é chegar ao final do ano superando a marca de R$ 3 milhões. Isso fará com que 2015 seja o melhor ano do programa no município em se tratando de liberação de recursos para os micro e pequenos empreendedores.

O programa é uma parceria entre o Bandes, a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, Banestes, Sebrae-ES e Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes).

 

 

Crescimento degrau por degrau

 

A trajetória dos clientes beneficiados pelo Nossocrédito em Cachoeiro vai ao encontro do propósito do programa. A avaliação dos gestores é de que impulsiona o desenvolvimento local, já que 91% dos recursos liberados circulam no próprio município.

É o caso, por exemplo, da empreendedora Maria Lúcia Ladeira da Silva que tomou o crédito para incrementar a sua história de crescimento.

Maria Lúcia trabalhava como doméstica e tinha experiência como auxiliar em padaria. Em casa, fazia biscoitos que eram disputados na vizinhança. Daí surgiu a ideia de comercializar biscoitos e pães caseiros. A empreendedora lançou no mercado a marca "Vovó Lu pães caseiros, rosquinhas e etc".

No início, o trabalho era artesanal. Ela, então, procurou o agente do programa para financiar equipamentos como freezer, forno industrial e outros. Depois, utilizou o crédito para construir um espaço amplo para o negócio. Com isso, a produção aumentou consideravelmente.

"Vi na adesão como empreendedora individual uma oportunidade de formalizar meu negócio. Depois tive a oportunidade de ter o crédito que ajudou muito para que eu equipasse minha cozinha. Sempre quis ter um negócio próprio", enfatiza.

Maria Lucia considera que o microcrédito produtivo e orientado contribuiu para o desenvolvimento de seu pequeno negócio. "Hoje comercializo meus produtos em vários pontos da cidade, tenho já clientes certos como padarias e mercados que revendem minha produção", afirma.

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