Saudades do bom churrasco? Preço da carne continua salgado - Jornal Fato
Economia

Saudades do bom churrasco? Preço da carne continua salgado

Como fazer para driblar a alta e não se privar do alimento nas principais refeições?


- Foto: Matheus Gomes - Pexels

Segundo especialistas ouvidos pelo Jornal Fato, alguns dos principais fatores são a demanda internacional, a atualização do dólar e também menos gado no pasto para abate. 

 

Além disso, a renda do brasileiro também diminuiu, o que fez com que o consumo também fosse reduzido. Se por um lado temos menos brasileiros podendo comprar carne, do outro lado do mundo a China está de ouro na carne brasileira entre as grandes potências mundiais. Consequentemente os produtores vendem mais para fora, em dólar, o que reduz a carne disponível no Brasil que faz com que aumente o preço do produto final para o consumidor. 

 

A alta do preço da carne tem pesado no bolso do consumidor e até mesmo as opções mais baratas, atualmente também estão com os preços mais elevados, que são as carnes de segunda e também os miúdos bovinos suínos e também de frango. 



Dica é pesquisar, pesquisar e pesquisar preços

 

De acordo com o comerciante Evaldo Vargas, os consumidores têm comprado menos quantidade mas não abrem mão de incluir a carne no seu cardápio. 

 

"Mesmo que seja a carne de segunda, as vendas continuam e aqui eu tenho optado por manter o preço em uma linear para negociar as melhores condições todos os dias e manter as vendas", revela Evaldo. 

 

Evaldo Vargas: "consumidor diminuiu quantidade mas não deixa de comprar".

O empresário destaca também que a carne suína ainda é mais procurada que a carne de frango e que na verdade os hábitos de consumo não variaram muito, uma vez que, quem já consumia os miúdos ou a carne de segunda continuou consumindo porém no valor um pouco maior e portanto, comprando quantidades menores. 

 

Para outro supermercado, o consumo de miúdos não teve aumento expressivo, de acordo com a assessoria da rede. 

 

"A proteína animal é um dos alimentos que mais pesa no orçamento familiar atualmente, sendo um dos itens que mais teve aumento de preços. Devido essa alta o consumo retraiu e o perfil de compra do consumidor passou a ser mais diversificado. A busca por cortes mais baratos foi intensificada, e a quantidade/kg reduziu. 

O destaque maior vai para as promoções que performam bem com altas de preços, e também o consumo de embutidos, como linguiças frescais e defumadas aumentaram, e se tornaram uma boa alternativa de consumo. E também a carne suína, que hoje tem sido a opção mais barata de proteína animal dentre os demais", informou a empresa. 

 

Para o presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim Wesley Mendes, o cenário econômico mundial devido à pandemia é o responsável pela alta dos preços de todos os bens de consumo e serviços, incluindo os alimentos. 

 

Ele explica que durante a pandemia muitas empresas deixaram de produzir e consequentemente de vender seus produtos e nessa retomada os valores estão muito altos porque o consumo também aumentou exageradamente. 

 

Porém, segundo Wesley Mendes, algumas alternativas podem ajudar o consumidor a economizar na hora de comprar alimentos, por exemplo dar preferência aos supermercados de bairro, pesquisar bastante e frequentar mais as feiras livres da cidade, destaca o presidente do Sindicato Rural.

 

Em relação ao preço da carne, embora o consumidor faça de tudo para não abrir mão dessa proteína especial em sua rotina, Wesley Mendes recomenda adicionar também o peixe uma vez que temos vários produtores altamente capacitados em Cachoeiro de Itapemirim:

 

Wesley Mendes: "Uma boa alternativa é comer peixes".

"Basta entrar em contato com o Sindicato Rural que nós vamos indicar todos os produtores de tilápia, por exemplo, que entregam o produto fresquinho já totalmente filetado pronto para o consumo. em condições de preço bem especiais para o consumidor final, além de ser muito bom para saúde", garante Wesley Mendes. 

 

A expectativa de redução do preço da carne não é muito precisa, mas pode acontecer uma queda nos preços. Isso porque parte das fêmeas que são matrizes, acabam também indo para o abate, após aumentar o rebanho. Portanto com mais carne no mercado a tendência é que o preço dê uma aliviada para o bolso do consumidor. 

 

Ingrediente: criatividade

 

Para a empresária Riva Pacheco, as alternativas para driblar o alto preço dos alimentos são diversas. Ela que trabalha profissionalmente como chef de cozinha, atendendo eventos e empresas e também famílias com almoços e jantares especiais dá dicas de como superar essa fase:

 

"A carne moída é um coringa na cozinha, para almôndegas, bolinhos e uma boa polenta capixaba, com muito tempero e aquele molho especial", destaca a cozinheira. 

 

Riva também chama a atenção para o acém e o músculo bovino, por serem carnes mais baratas e versáteis:

Riva Pacheco: "Carne moída é um coringa na cozinha"

 

"Um corte inteiro de músculo, para a panela de pressão, com alho, cebola, um pedacinho de pimentão e uma pitadinha de coentro. Não adicionar água, pois a cebola vai ajudar no primeiro momento, são 3 minutos de pressão", ensina a chef. 

 

E depois de sair a pressão é preciso ver a água e se o músculo está cozido:

 

"A partir daí pode colocar um pouco de água e ir dourando aos poucos, de acordo com a preferência. Quem preferir adicione batatas para finalizar o prato que fica maravilhoso", garante a cozinheira. 




Serviço:

Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim

Telefone: 28 3522-1225

E-mail: [email protected]Atendimento:

Segunda à Sexta-Feira

07:00 hs às 11:00 hs

13:00 hs às 17:00 hs

 

Localização:

Rua Agripino Oliveira, 60

Independência, Cachoeiro de Itapemirim, ES



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