Ifes pode fechar caso MEC cumpra bloqueio de recursos - Jornal Fato
Educação

Ifes pode fechar caso MEC cumpra bloqueio de recursos

O bloqueio anunciado pelo MEC representa cerca de 38% do valor total de custeio da instituição


- Divulgação/IFES

O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) informa que, caso o bloqueio de parte dos recursos destinados para as suas ações no ano de 2019 se concretize, não terá condições de funcionamento a partir de setembro deste ano. O bloqueio foi anunciado pelo Ministério da Educação esta semana e representa cerca de 38% do valor total de custeio da instituição.

Em nota, a instituição alega que absorveu dedução orçamentária de mais de 25% desde 2015, quando perdeu R$ 20 milhões em sucessivos cortes e ações de redução de gastos movidos pelo Governo Federal. Muitos contratos continuados, como os de vigilância, limpeza e manutenção predial, que representam os maiores gastos, já foram revistos e reduzidos ao longo desse tempo. O Ifes já fez a sua parte no ajuste fiscal.

Com o anúncio do contingenciamento de mais de R$ 25 milhões para o orçamento de 2019, e sem margem para ajustes de gastos, caso decisão do Governo seja mantida, a instituição afirma que será forçada a rever as suas atividades a partir de setembro deste ano. As primeiras consequências do bloqueio orçamentário, conforme a nota, serão interrupções nos pagamentos de contratos de limpeza, segurança, água, luz, insumos de aulas práticas, manutenção de equipamentos e laboratórios.

Além de interrupção na realização de visitas técnicas e de pagamentos de assistência estudantil, entre outras ações. "Com profissionais menos qualificados a sociedade perde, a economia enfraquece, os trabalhadores se prejudicam e o desenvolvimento do país estaciona e retrocede".

Os gestores da instituição buscam formas de tentar reverter a decisão do MEC, por meio de reuniões na próxima semana com representantes do ministério, e com representantes da bancada capixaba no Congresso Nacional.

Com 22 campi, o Ifes atende atualmente 35.664 estudantes no Espírito Santo, em cursos de qualificação de trabalhadores, em nível técnico e superior (graduação e pós-graduação), além de formação de professores. Coleciona resultados expressivos em todas as áreas que atua em 109 anos de história, e mantém a esperança de continuar prestando à sociedade uma educação pública, gratuita e de qualidade.

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