Cachoeiro se despede de Valdemir de Mattos, aos 74 anos. 

O maratonista famoso por suas conquistas, morreu em sua casa no bairro Zumbi, na tarde desta segunda-feira(21). Ele é uma das referências para vários corredores capixabas. 

Valdemir tem em seu em seu currículo um cartel superior a 300 medalhas, em 20 anos da prática do esporte, além de dezenas de troféus, e já disputou provas nos estados do Paraná, Rio de Janeiro Minas Gerais, Paraíba, Brasília, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul sempre dentro de sua faixa etária, mas correndo junto com os demais participantes. Esse foi o caso da São Silvestre, em São Paulo, que em 2014 ficou com o primeiro lugar entre 58 competidores na faixa dos 70 anos.

Incentivador das corridas de rua é reverenciado por todos os adeptos da boa saúde e da alta performance física. Era comum vê-lo treinando nas ruas de Cachoeiro, inspirando os novos corredores. 

Ele carregou a tocha olímpica, quando de sua passagem em Cachoeiro de Itapemirim, e mesmo em uma cadeira de rodas emocionou o público que acompanhou o maior símbolo das olimpíadas. 

 

No ano de 2016, ele chegou a enfrentar um drama familiar,quando foi agredido por um filho ao se recusar a lhe dar dinheiro para manter o vício. Por isso ele teve que se locomover de cadeiras de rodas para conduzir a tocha olímpica por Cachoeiro. 

Há  mais de 25 anos Valdemir iniciou-se no esporte e diz que sua intenção sempre foi passar a mensagem que o exercício físico não faz bem apenas para o corpo, mas também para a saúde mental. "Além de evitar que, principalmente, os jovens se envolvam com os vários tipos de vícios. Eu quero voltar a correr o mais rápido possível, pois essa é apenas uma 'provação' pela qual estou passando", analisou.