A Santa Casa Cachoeiro proibiu o acesso do médico Roberto Bastos às dependências do Hospital. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (5) em carta enviada ao ginecologista e obstetra. O motivo são as acusações feitas por Bastos contra a instituição após o descredenciamento da maternidade junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e seu fechamento no final de 2018. Era lá que o médico operava suas pacientes.
A definição foi tomada em primeiro de abril, dois dias depois de o médico fazer severas críticas ao hospital, principalmente ao superintendente Evaldo Praça, que é padre, e levantar suspeitas sobre o fechamento da maternidade. Bastos dizia que, com isso, estava sendo proibido de exercer sua profissão. Na terça ele voltaria a repetir as acusações na Câmara. Se dizia, ainda, candidato a diretor clínico do hospital.
As denúncias do médico provocaram reações. Primeiro com uma nota de repúdio da Santa Casa e, a seguir, com uma carta aberta dos demais médicos declarando apoio à instituição.
Na documento em que proíbe a entrada de Bastos no hospital, até ulterior (posterior) deliberação diante das gravidade dos fatos. Também por decisão do Conselho Deliberativo, as cirurgias particulares que Roberto Bastos tinha marcadas para o centro cirúrgico da Santa Casa foram transferidas para hospital particular.

"Bom de porrada"

Na manhã deste sábado, o médico desrespeitou a decisão do Conselho e foi até o hospital. Ele chamou para briga o segurança e mostrou tudo em uma transmissão ao vivo, em rede social. O profissional não reagiu . Bastos, então, desafiou o superintendente. "Amanhã voltarei aqui às 10h00, padre Evaldo. Gostaria de encontrá-lo aqui quero ver se tem coragem. Pode trazer seus capangas, mas traga homens fortes. Trarei meus amigos também", diz o médico que garante ser "bom de porrada" por já ter praticado artes marciais.