Policiais civis reivindicam melhorias na Ales - Jornal Fato
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Policiais civis reivindicam melhorias na Ales

Casa abriu espaço para que delegados, peritos e investigadores falassem sobre demandas apresentadas ao Executivo


Deputado sugeriu criação de colegiado para debater questão no governo / Foto: Lissa De Paula

A Assembleia Legislativa (Ales) foi palco nesta segunda-feira (8) da manifestação de integrantes da Polícia Civil (PC). Delegados, peritos e investigadores lotaram as galerias do Plenário Dirceu Cardoso, conversaram com parlamentares e apresentaram suas demandas durante a sessão ordinária.

Subiram à tribuna para falar sobre as reivindicações dos policiais os presidentes dos sindicatos dos Delegados (Sindelpo), Rodolfo Laterza, dos Peritos Oficiais (Sindiperitos), Tadeu Nicoletti, e dos Investigadores (Sinpol), Júnior Fialho.

Entre as críticas que eles trouxeram à Casa estiveram a ausência de negociações concretas com o Executivo, o baixo salário recebido pelos delegados em comparação aos demais Estados, o corte de custeio nas delegacias e até desvio da verba do Fundo Especial de Reequipamento da Polícia Civil (Funrepoci) para outros gastos.

Vários deputados se manifestaram a favor das reclamações da categoria. O deputado José Esmeraldo (MDB) sugeriu a criação de uma comissão composta por representantes das três categorias da PC e de parlamentares para ir até o Executivo e debater a questão.

Já Freitas (PSB) pediu paciência aos policiais, disse que o governador Renato Casagrande (PSB) trabalhava com o diálogo e que iria tratar do assunto. "O governo está estabelecendo o planejamento estratégico para os próximos quatro anos e não tenho dúvidas que o diálogo está aberto e que o governo vai encontrar caminhos de atender a Polícia Civil", afirmou.

Também falaram acerca do tema os deputados Janete de Sá (PMN), Renzo Vasconcelos (PP), Dr. Emilio Mameri (PSDB), Delegado Lorenzo Pazolini e Euclério Sampaio (ambos sem partido).

O líder do governo no Legislativo, Enivaldo dos Anjos (PSD), fez o pronunciamento final. Ele falou que já havia sido aberto um canal de conversa com os policiais, por isso demonstrou estranheza com o movimento realizado nesta segunda.

O parlamentar reconheceu a defasagem no salário da categoria, reforçou que a solução sairia do diálogo sem demagogia, mas que infelizmente a legislação não permitia aumento salarial apenas de uma categoria. Destacou, ainda, que é possível que o Executivo conceda aumento de 3% a 5% para todo o funcionalismo público entre julho e agosto se a receita continuar a crescer. 

"Temos que normatizar com os servidores formas de encaixá-los em outros sistemas de colocação dentro do funcionalismo para poder tirar algumas categorias que estão totalmente defasadas, mesmo diante do mercado, e assim o Estado possa fazer justiça. Existem serviços que são não mais úteis que os outros, mas que precisam ser melhor remunerados porque cresceram de demanda, de atividade e até de pesquisa, como os peritos", disse.

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