Espírito Santo terá unidade de dessalinização da água do mar - Jornal Fato
Meio Ambiente

Espírito Santo terá unidade de dessalinização da água do mar

Licença ambiental foi aprovada


A ArcelorMittal Tubarão dará início à instalação da nova unidade com capacidade de produção de água industrial de até 500m³/h

O Instituto Ambiental de Meio Ambiente do Espírito Santo - IEMA emitiu a licença para instalação da unidade de dessalinização da água do mar da ArcelorMittal Tubarão. O projeto foi apresentado pela empresa em 2019 e tem como objetivos principais aumentar a segurança hídrica e garantir a estabilidade operacional, colocando a ArcelorMittal Tubarão na vanguarda da Gestão Hídrica não só no Espírito Santo, como no Brasil e no segmento siderúrgico mundial.

Os equipamentos já estão em processo de fornecimento e o início das obras civis está previsto para o mês de Abril, devendo ser concluído em até 12 meses. A unidade tem capacidade de produção de até 500m³/h de água industrial para a usina, reduzindo, em caso de racionamento, a demanda da empresa pela água doce do Rio Santa Maria da Vitória, fornecida pela Cesan.

A obra, durante sua execução, vai gerar cerca de 220 postos de trabalho. Conforme estratégia de contratação adotada pela empresa, a preferência é por fornecedores locais tanto nos serviços de execução das obras de construção da planta de dessalinização quanto nos de interligação desta aos sistemas da ArcelorMittal Tubarão.

Com investimentos da ordem de R$ 50 milhões, a unidade contemplará sistemas de: captação e bombeamento de água do mar, pré-tratamento com filtração, dessalinização por osmose reversa e armazenagem, e distribuição da água produzida (água dessalinizada).

O processo de licenciamento ambiental para a obra foi realizado junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), e passou pelas fases de elaboração do termo de referência (TR), Plano de Controle Ambiental (PCA) e Licença Prévia.

Os estudos para implantação do projeto foram feitos pela ArcelorMittal Tubarão durante cerca de dois anos e contemplaram desde avaliação de diferentes alternativas tecnológicas, discussões técnicas com fornecedores de plantas de dessalinização e de membranas de osmose reversa em todo o mundo. Também foram feitos testes em planta-piloto de Osmose Reversa realizados em laboratório e visitas técnicas na Argentina e nos Estados Unidos. Os trabalhos de pesquisa contaram com participação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal, com envolvimento de pesquisadores do Brasil e da Espanha (Astúrias).

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