Enfermeira fala sobre lutas e o carinho que tem por seus pacientes - Jornal Fato
Saúde

Enfermeira fala sobre lutas e o carinho que tem por seus pacientes

Elisabete Sales Santos trabalha no setor de hemodiálise da Santa Casa de Cachoeiro e está há mais de 30 anos na área da saúde


Foto: divulgação/Santa Casa - Registro feito antes da pandemia

A enfermeira Elisabete Sales Santos, que está há mais de 30 anos na área da saúde e cuida hoje dos pacientes de hemodiálise na Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, falou à reportagem do jornal ES de Fato e contou sobre os desafios da profissão durante a pandemia. Para ela, o carinho com os doentes faz toda a diferença.

Na entrevista, Elisabete comenta também sobre os cuidados redobrados com a higiene, desgastes, importância do trabalho em equipe e sobre motivação. Confira!

Fato - Como tem sido seu trabalho nesta pandemia?

Elisabete - A rotina mudou. Temos que adotar normas que seguem o protocolo da Vigilância Sanitária, para fazer tudo corretamente. Como tudo é novo, equipes e supervisores, em alguns momentos, se sentem bem desgastados. E isso ocorre exatamente por causa da responsabilidade de fazer tudo certo, como utilizar os EPIs, colocá-los e retirá-los após cada procedimento com os pacientes. E fazermos tudo sem erros, para evitar a contaminação, se tornou prioridade.

Quais são os desafios que você e seus colegas têm enfrentado?

O desafio é a responsabilidade que temos uns para com os outros de não nos contaminarmos e não levarmos a contaminação, seja para outros profissionais, pacientes ou para nossas famílias.

É de extrema importância o trabalho em equipe, de todos os profissionais, com interação, uma boa comunicação, visando à prioridade nos cuidados aos pacientes, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, para prevenir a contaminação pela Covid-19.

O que te motiva a voltar ao trabalho todos os dias?

Minha motivação é lembrar que um dia fiz o juramento de cuidar dos pacientes, o que, ao longo destes anos, tenho feito com dedicação e carinho.

É todos os dias chegar ao setor de hemodiálise, fazer os procedimentos para o tratamento dos pacientes com insuficiência renal crônica, que dependem de máquinas para sobreviver, saber que após o tratamento retornam para o aconchego dos seus lares e dão continuidade às suas vidas, com sonhos e esperanças por um transplante e de um dia terem uma vida normal. Dá-me felicidade, mesmo diante desta pandemia, saber que Deus está cuidando de cada um dos nossos pacientes, como tem cuidado de nós.

Que mensagem você deixa para a população, ante tantos acontecimentos?

Para quem não conhece a hemodiálise, esses pacientes, assim como nós, profissionais da saúde, têm todos os dias uma batalha de sobrevivência, e a pandemia só acrescentou mais uma luta. Esses pacientes são guerreiros, os funcionários de qualquer setor deste hospital também são, pois já são da linha de frente na luta pela vida.

Com isso, quero dizer que a luta não pode parar e devemos confiar em Deus, porque o Deus que permite as chagas, é o Deus que cura, está em Jó 5:18.

Que a sociedade tenha fé e creia em Deus. A tempestade vai passar, porque ele esta no barco conosco.

 

 

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