O protagonismo de Júnior Corrêa em Cachoeiro - Jornal Fato
Artigos

O protagonismo de Júnior Corrêa em Cachoeiro

O vereador que sonha ser prefeito planeja o protagonismo contra candidato do PT ou algum indicado que defenda o legado do prefeito Victor Coelho


Aos 26 anos, o vereador Júnior Corrêa (PL) é expoente da direita bolsonarista em Cachoeiro. E busca ampliar seu eleitorado, agregando apoio junto ao que se convencionou chamar de centro.

Mas, daí não passa. E, por isso, descarta qualquer aproximação com o PT ou o PSB.

Com a pretensão de se candidatar a prefeito no ano que vem, riscou no chão a linha-limite em sua articulação política.

Parte da definição sobre a quem não deve se aliar.

Tem nisso muito de convergência com sua militância política, de coerência com seu posicionamento ideológico e ainda mais de estratégia.

Ao parlamentar interessa reeditar, em versão citadina, a polarização nacional, com o PT - que ressuscitou com a eleição de Lula para a presidência.

Corrêa cresceu, politicamente, em meio a esta cizânia. Se tornou o mais votado ao se eleger vereador e, dois anos depois, como suplente de deputado federal.

Já em âmbito regional, se posiciona e é reconhecido como o principal opositor ao prefeito Victor Coelho (PSB).

Ou seja, estará em condição de protagonismo (e antagonismo), contra o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT), que também surge como possível candidato, ou algum indicado pelo atual prefeito, que não pode mais se reeleger e ainda não se movimentou na articulação eleitoral.

Com adversários preferenciais já definidos, a outra metade do trabalho é construir alianças.

Embora bem posicionado, após sair grande das urnas em 2022, Júnior Corrêa precisa ampliar seu eleitorado.

E o caminho passa por três outros "prefeitáveis": os deputados estaduais Allan Ferreira (Pode), Bruno Resende (União) e o advogado Diego Libardi (Republicanos).

Os três anunciaram articulação conjunta - que parece não dar muita liga - por um nome em comum. E podem ser fundamentais para determinar para onde a balança vai pender.

Gravitam entre a atual administração e uma candidatura independente - de um deles -, de centro-direita.

E neste vai-e-vem, certamente vão esbarrar em Júnior Corrêa, que deriva da direita rumo ao centro, em busca de apoio.

Resta saber se nessa disputa pelo mesmo espaço chegarão ao entendimento que fará deles aliados, ou se dali sairão futuros adversários. Ainda é cedo para dizer.


Wagner Santos Diretor e editor Jornalista

Comentários