Projeto de lei visa proteger professores contra violência - Jornal Fato
Geral

Projeto de lei visa proteger professores contra violência

O vereador Wallace Marvila ao lado da secretária de Educação de Cachoeiro, Cristina Lens


Foto: Divulgação

Hoje em dia está cada vez mais comum os alunos desrespeitarem os professores em sala de aula e muitos profissionais se sentem desprotegidos quanto a isso.

O novo projeto de lei apresentado em Cachoeiro de Itapemirim, na semana passada, pelo vereador Wallace Marvila, no gabinete da secretária de educação, Cristina Lens Bastos, tem como objetivo proteger os professores que sofrem violência física e psicológica pelos alunos em sala de aula.

Wallace afirma que é necessário envolver escola, família e conselho tutelar para descobrir onde os problemas estão começando.

"O professor é uma referência para nós e alguns alunos não os tratam com o devido respeito. Fizemos um levantamento em Cachoeiro e descobrimos que vários professores tem problemas psicológicos causados pela agressividade em sala e ficam sem condições de voltar a dar aula", conta.

Ainda segundo o vereador, a conscientização deve ser feita por meio de palestras e seminários envolvendo escola e pais, porque o município tem responsabilidade com estes profissionais. 

O professor Alexander Vianna, formado há 15 anos diz que a agressão verbal é a que acontece com mais frequência dentro da sala de aula, mas que também já foi agredido fisicamente por um aluno em uma escola municipal de Cachoeiro.

"Eu sou professor de educação física e um dia eu estava apitando a interclasse a noite, quando eu adverti um aluno de 23 anos pedindo para que ele parasse de bater nos colegas, que o jogo era apenas uma confraternização e que se ele não parasse, eu iria mostrar o cartão vermelho. Então ele me disse que o último juiz que fez isso com ele, levou um soco. Eu me afastei e levantei o cartão, foi quando eu virei e ele me pegou desprevenido e me deu um soco no olho. Abriu meu supercilio, saiu muito sangue na hora", conta.

Ele complementa dizendo que ficou uma semana de atestado médico e que seu emocional ficou muito abalado, mas com ajuda e carinho de pessoas queridas ele conseguiu seguir em frente.

"Tudo o que for para proteger o professor é bem-vindo, tudo que puder fazer para ajudar é positivo", afirma.

De acordo com os dados da Secretaria da educação de Cachoeiro de Itapemirim (SEME), no ano de 2018 foram registrados três casos, mas não são fatos relacionados a grandes casos de violência. Foram apenas casos de desacato, agressão verbal e ameaça. A secretaria destaca que é feito de forma preventiva um trabalho de orientação junto às famílias, destacando a importância do respeito entre servidores e familiares no cotidiano escolar.

Comentários